tag:blogger.com,1999:blog-72903603890677682822024-03-19T00:48:03.075-03:00VioletaSofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.comBlogger27125tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-22759950846538731912012-04-01T19:25:00.002-03:002012-04-01T19:33:18.255-03:00Virginia Woolf: Uma mente que desvela o real e o imaginário<div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 134.7pt;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 10pt;"><br />
</span></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3ibsH0YRregDCJt7qOWbjFfrIvrc3K1q_stCA3OBAzuVqCCGox-q1CBkSydMymBnBfskafLflcjinDBpCbpcKViPQEvZ6EUkmBFa-SdzFDcrS1yCBFPMzGto01kq90418i4UeW3t_FWtT/s1600/virginia-woolf.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3ibsH0YRregDCJt7qOWbjFfrIvrc3K1q_stCA3OBAzuVqCCGox-q1CBkSydMymBnBfskafLflcjinDBpCbpcKViPQEvZ6EUkmBFa-SdzFDcrS1yCBFPMzGto01kq90418i4UeW3t_FWtT/s320/virginia-woolf.jpg" width="228" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Retrato de Virginia Woolf -<a href="http://modernlitclub.blogspot.com.br/2012/02/virginia-woolf-orlando.html"> Fonte</a></td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 134.7pt;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 10pt;"><br />
</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 134.7pt;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 10pt;"><br />
</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 134.7pt;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 10pt;"><br />
</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 134.7pt;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 10pt;"><br />
</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 134.7pt;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 10pt;"><br />
</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 134.7pt;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 10pt;"><br />
</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 134.7pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 10pt;">“<i>Não quero ser célebre nem grande. Quero avançar, mudar, abrir meu espírito e meus olhos, recusar a ser rotulada e estereotipada. O que conta é liberar-se por si mesma, descobrir suas próprias dimensões, recusar os entraves.”</i><o:p></o:p></span></div><div align="right" class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 10pt;">- Virginia Woolf*<o:p></o:p></span></div><div align="right" class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 10pt;"><br />
</span></div><div align="right" class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 10pt;"><br />
</span></div><div align="right" class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 10pt;"><br />
</span></div><div align="right" class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 10pt;"><br />
</span></div><div align="right" class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 10pt;"><br />
</span></div><div align="right" class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 10pt;"><br />
</span></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi67o191wmaWWizXkgVTn7uZI-Q5bjYVmGZ0E9LtuqQe9ipLw6kO1ZoX9ZxgqutSH5IjSzEsD_A5Iw9LfOcrDwZ2fqhs8G0mcRD88jFRMjooMVNn9wnT347HRdK3BXzRRR0_8CRpA62SQu-/s1600/virginia_capa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi67o191wmaWWizXkgVTn7uZI-Q5bjYVmGZ0E9LtuqQe9ipLw6kO1ZoX9ZxgqutSH5IjSzEsD_A5Iw9LfOcrDwZ2fqhs8G0mcRD88jFRMjooMVNn9wnT347HRdK3BXzRRR0_8CRpA62SQu-/s200/virginia_capa.jpg" width="144" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Livro lançado pela <i><a href="http://editora.cosacnaify.com.br/Default/1/Cosac-Naify.aspx">Cosac Naify</a></i></td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Nas últimas férias, tive meu primeiro contato com a prosa de Virginia Woolf através do livro de contos completos da autora lançado em 2005 pela<a href="http://editora.cosacnaify.com.br/ObraSinopse/10886/Contos-completos---Virginia-Woolf.aspx"> Cosac Naify</a> sob a primorosa tradução de Leonardo Fróes – aliás, em excelente edição de capa dura, com notas que detalham a tradução e as versões escolhidas dentre os originais datilografados.</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Com onze romances, quatro ensaios, uma peça de teatro e um vasto trabalho de artigos, além de fundar com seu marido Leonard Woolf uma consagrada editora e participar do <b>grupo de Bloomsbury</b>, Virginia Woolf tornou-se uma das figuras mais proeminentes da literatura da primeira metade do século XX. Com seus olhos vazios e distantes, como dois pontos a vagar etéreos no universo do imaginário, revelou-se uma das figuras mais importantes e intrigantes da literatura inglesa, além de uma ávida defensora dos direitos das mulheres em um período no qual essas questões fervilhavam na sociedade vitoriana.</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">De fato, já nas primeiras páginas do livro somos introduzidos a essa aguçada sensibilidade da autora em relação ao universo feminino. Em <i>Phyllis e Rosamond</i>, primeiro conto da edição datado de 1906, Virginia esclarece:</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i>“[...] Como os retratos desse tipo que temos são quase invariavelmente do sexo masculino, que se empertigava pelo palco com proeminência maior, parece valer a pena tomar como modelo uma dessas muitas mulheres que se agrupam na sombra.”<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Com essa explicação, Virginia Woolf lança seus leitores no consciente de suas personagens logo nesse primeiro conto, expressando, com uma acuidade que ao longo do livro notamos ser-lhe característica, as angústias, medos e anseios dessas mulheres que vivem sufocadas nas sombras da vida doméstica, mas que sonham em libertar-se de seus grilhões. Não há dúvidas que esse é um dos temas mais importantes para a autora, que desde pequena sofreu as mais terríveis opressões do universo patriarcal em que viveu e que, ao longo de toda sua vida, defendeu a independência financeira como o meio das mulheres se expressarem no mundo.</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Esse universo feminino é assim retratado com a sensibilidade que lhe é própria em diversos de seus contos: na súbita e tardia percepção de uma sombra em <i><b>O misterioso caso de miss V.</b>, </i>no delicioso retrato histórico de<b> </b><i><b>O diário de mistress Joan Martyn</b>,</i> na angústia de Mabel ao deparar-se com seu reflexo no espelho em <i><b>O vestido novo</b></i>,<i> </i>no relato da construção de uma biografia em <i><b>Memórias de uma romancista</b> </i>e<i> </i>no cômico e ácido <i><b>Uma sociedade</b>,</i> no qual a autora dá a voz a diversas mulheres que buscam a resposta de uma única pergunta: estão justificadas a dar continuidade à raça humana? De fato, um dos diversos méritos de Virgínia Woolf foi, além de consagrar-se em uma profissão dominada por homens, introduzir as expressões, as vontades e toda a essência de notáveis personagens femininas. </div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">No entanto, Virgínia não retrata somente a perspectiva feminina utilizando-se do <i><b>fluxo de consciência</b><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i><span style="background-color: white; color: #222222; line-height: 16px; text-align: -webkit-auto; text-indent: 0px;">(</span><span style="background-color: white; line-height: 16px; text-align: -webkit-auto; text-indent: 0px;">stream of consciousness</span></i></span><i>), </i>técnica que ajudou a consagrar<i> –</i> a saber, a representação dos processos mentais da personagem, muitas vezes sem relações de causalidade<i>, </i>recurso muito presente na prosa de Clarice Lispector. A escritora cria inúmeros personagens peculiares que destrincham seus pensamentos, como o obcecado colecionador de objetos de<b> </b><i><b>Objetos sólidos,</b> </i>a pobre viúva e o papagaio do belíssimo <i><b>A viúva e o papagaio: uma história verídica</b>, </i>o melancólico casal de <i><b>O homem que amava sua espécie</b> </i>e os diversos personagens que pensam e dialogam ao passar pelo canteiro do parque em <i><b>Kew Gardens</b>. </i>No belo e trágico<b> </b><i><b>O legado</b>, </i>acompanhamos com apreensão e curiosidade as descobertas de um viúvo que lê o diário de sua falecida mulher. </div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Por sua vez, no meu conto favorito, <i><b>Um diálogo no monte Pentélico</b></i>, inspirado em uma viagem da autora para a Grécia em 1906, um grupo de ingleses discutem sobre a sociedade grega com certa melancolia ao descerem a encosta do monte. Destaco um trecho do conto:</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i>“E os ingleses não poderiam ter dito naquele momento, em que ponta se achavam, pois essa aleia era tão lisa como um anel de ouro. Mas os gregos, ou seja, Platão e Sófocles e os demais, eram íntimos deles, tão íntimos quanto qualquer amigo ou um amante, e respiravam aquele mesmo ar que beijava as faces e vinha, só que eles, como jovens que eram, ainda impeliam à frente e questionavam o futuro.” <o:p></o:p></i></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPliHx76nfLSYcHkUoJDrH5-3Yk5eqZz-961Ea1PO9qrWD2Z0KuPD3pGwM4U7HCjl01LdauvkpNbHl_ljL1qV_IzDBJpbFWoc7hXpLb2wt2n1cjDoVWrxmFLchKv8TGcl9nbBeOxEp6Lf0/s1600/1010-virginia-woolf-1927-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPliHx76nfLSYcHkUoJDrH5-3Yk5eqZz-961Ea1PO9qrWD2Z0KuPD3pGwM4U7HCjl01LdauvkpNbHl_ljL1qV_IzDBJpbFWoc7hXpLb2wt2n1cjDoVWrxmFLchKv8TGcl9nbBeOxEp6Lf0/s320/1010-virginia-woolf-1927-2.jpg" width="219" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Retrato de Virginia Woolf - <a href="http://the100.ru/en/womens/virginia-woolf.html">Fonte</a></td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Acompanhando os contos completos da autora, observamos seus experimentos literários, a criação e consagração de seu estilo e o seu desenvolvimento de <b>1906 a 1941</b>. Dessa forma, não há como não pintar em nossa mente um retrato dessa personagem tão peculiar que intrigou gerações. </div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">De minha parte, não vejo seus conhecidos transtornos mentais e sua propensão a terríveis depressões como expressões únicas de uma mulher dominada pela melancolia e pela fragilidade. Vejo-a sim, principalmente ao acompanhar suas narrativas que pulsam como a própria vida, como uma mulher forte capaz de superar inúmeras adversidades, determinada a registrar suas palavras e a expressar sua existência em sua incansável busca por um sentido de viver, que, desde pequena, encontra na <i>literatura</i>. </div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Vejo seus olhos: dois pontos perdidos no imaginário, mas incansáveis exploradores do real.</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 15px;"><br />
</span></div><div class="MsoNoSpacing"><span style="font-size: x-small;">* Trecho do diário de Virginia Woolf, extraído da biografia <b><i>Virginia Woolf</i>,</b> de Alexandra Lemasson e tradução de Ilana Heineberg.</span></div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-54080621043245716142012-03-08T21:02:00.014-03:002012-03-08T21:13:17.777-03:00De olhos abertos ou fechados: a vida e os sonhos<div style="text-align: justify;"> Inicio esse post com a promessa de, a partir desse mês de março de 2012, voltar com postagens regulares aqui no <b>Violeta</b>. Ressalto que meu principal objetivo é aproveitar esse espaço para registrar e expressar meus pensamentos, observações e produções relacionadas a todos os assuntos que me despertam profunda paixão. No entanto, qual não é meu prazer e felicidade em descobrir, a partir de comentários recentes, que há um grupo de pessoas - certamente muito especiais - que visitam o<b> Violeta</b> mensalmente à procura de atualizações. Fico realmente muito feliz com a atenção e, envergonhada pelo recente abandono do espaço (com exceção do texto de ano novo), renovo meu compromisso comigo, com o blog e com aqueles que o visitam - trabalharei a todo vapor para sempre trazer novidades.</div><div style="text-align: justify;"> Dito isso, escolhi para essa postagem um dentre os desenhos que fiz atualmente e um poema de <i>Fernando Pessoa</i> para acompanhá-lo. O desenho faz parte dos meus recentes estudos em cima de fotos, para melhor representar e entender as feições humanas, tão difíceis de serem capturadas no traço do lápis e, por isso mesmo, tão desafiadoras. O poema, palavras de um grande poeta que me tocaram por sua leveza tão dura (ou seria sua dureza tão leve?). Ao mesmo tempo, achei nesse retrato do<i> sonho </i>e da escuridão uma sutil relação com a etapa que estou iniciando agora em minha <i>vida:</i> semana que vem inicio o curso de Letras e sinto-me, assim, adentrando um espaço desconhecido. Sigo meu sonho caminhando no escuro - certamente um escuro cheio de desafios e surpresas recompensadoras.<br />
Como esse post acabou saindo no <i>Dia Internacional da Mulher</i> sem que eu pudesse preparar algo especial para a ocasião, não podia deixar de registrar aqui dia tão especial para a história da nossa sociedade. Dia cujo principal objetivo é lembrar-nos que, embora as mulheres tenham realizado conquistas surpreendentes nos últimos anos, a realidade ainda é dura. A luta pela igualdade de direitos continua e desejo que todas as mulheres continuem a conquistar cada vez mais espaços e a iluminar assim os caminhos do mundo com seu brilho tão particular.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjafvGaqF5B01WKO3DG01fKlz86_gfjFVRcqI9moMZNtwLs0rRRL4X2K5JVkektuOo6JeSXmwAWHgAzFNqAvpaKilEBt7pc1lsujgYUNXHmWvgZItqUlDdq_qIdA_QptrPnyrKhd1qRY5CC/s1600/33+O+Artista.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjafvGaqF5B01WKO3DG01fKlz86_gfjFVRcqI9moMZNtwLs0rRRL4X2K5JVkektuOo6JeSXmwAWHgAzFNqAvpaKilEBt7pc1lsujgYUNXHmWvgZItqUlDdq_qIdA_QptrPnyrKhd1qRY5CC/s200/33+O+Artista.JPG" width="131" /></a></div> Por último, uma recomendação: a querida <i>Marcia Caetano</i> publicou recentemente em seu blog <a href="http://marciacl.typepad.com/na_linha/">Na Linha</a>, um <a href="http://marciacl.typepad.com/na_linha/2012/02/o-artista.html">texto interessantíssimo</a> acerca do filme <i>O Artista</i>, filme por qual me apaixonei que ganhou merecidamente diversos Oscars, inclusive os de melhor filme e ator. No post, ela apresenta e traduz informações de uma matéria em francês sobre o filme e suas inspirações. Fica já a dica para o <b><a href="http://marciacl.typepad.com/na_linha">Na Linha</a></b>, blog riquíssimo que é parada obrigatória em meus acessos à internet.</div><div style="text-align: justify;"> Deixo abaixo então o poema e o desenho, enquanto já trabalho no próximo texto. Espero que gostem!</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv3EcfhFcmPaN_UTlZ3wjqxgCq2a2eY_DLcxEj8NLC8pokUJbJt1yVpBgPSbRH-ZONwMVY1luT2nMiSqUtCvy3vpyCwZ-xw0HP6LjxfFyC0N7Qf8hJvRXD7JOS20NtDfhgyBvOxY82UqJA/s1600/Estudos4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv3EcfhFcmPaN_UTlZ3wjqxgCq2a2eY_DLcxEj8NLC8pokUJbJt1yVpBgPSbRH-ZONwMVY1luT2nMiSqUtCvy3vpyCwZ-xw0HP6LjxfFyC0N7Qf8hJvRXD7JOS20NtDfhgyBvOxY82UqJA/s640/Estudos4.jpg" width="464" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sofia Botelho, 19 de fevereiro de 2012</td></tr>
</tbody></table><div><br />
</div><br />
<div>Sonhei, confuso, e o sono foi disperso,</div><div>Mas, quando despertei da confusão,</div><div>Vi que esta vida aqui e este universo</div><div>Não são mais claros do que os sonhos são</div><div><br />
</div><div>Obscura luz paira onde estou converso</div><div>A esta realidade da ilusão</div><div>Se fecho os olhos, sou de novo imerso</div><div>Naquelas sombras que há na escuridão.</div><div><br />
</div><div>Escuro, escuro, tudo, em sonho ou vida,</div><div>É a mesma mistura de entre-seres</div><div>Ou na noite, ou ao dia transferida.</div><div><br />
</div><div>Nada é real, nada em seus vãos moveres</div><div>Pertence a uma forma definida,</div><div>Rastro visto de coisa só ouvida. </div><div><br />
</div><div style="text-align: right;"><i>Fernando Pessoa, 28-9-1933</i></div><div style="text-align: right;">Novas Poesias Inéditas</div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-36967275860561316272012-01-29T21:07:00.001-02:002012-01-29T21:13:10.683-02:00Um olhar sobre a vida: Retrospectiva do ano que passou<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjExYKuPydBr9lAeXiJjSEXIzz3PvgpxLGagMlMz1zos4jYE8tdK6m_Aq2WaA3IuiCW8O9v4XHn-lmo1xvlxwYT3Jbnd2ImIKrYBUzeMvoIgQLQRWJ1NmuVk-0MSzV4l1-IeQWJ6PZMm0JR/s1600/peanuts264-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjExYKuPydBr9lAeXiJjSEXIzz3PvgpxLGagMlMz1zos4jYE8tdK6m_Aq2WaA3IuiCW8O9v4XHn-lmo1xvlxwYT3Jbnd2ImIKrYBUzeMvoIgQLQRWJ1NmuVk-0MSzV4l1-IeQWJ6PZMm0JR/s1600/peanuts264-2.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Peanuts - Tirinha retirada do tiras-snoopy.blogspot.com/</td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: right;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO5mBU4facTsE_OtYAvE2SvBmIt-z7LsktCK6epHZ_2kUfbv8drp_5zO6tW7VNehXhNwxemP_9_sueSlyU7JAOtMP_U_i2SboVPmszcgV5NMxpWdLmPDcyY1PyKfqalk_OnFkrmcIgJC05/s1600/2011-2012.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO5mBU4facTsE_OtYAvE2SvBmIt-z7LsktCK6epHZ_2kUfbv8drp_5zO6tW7VNehXhNwxemP_9_sueSlyU7JAOtMP_U_i2SboVPmszcgV5NMxpWdLmPDcyY1PyKfqalk_OnFkrmcIgJC05/s200/2011-2012.jpg" width="156" /></a></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="text-indent: 35.4pt;">Embora em grupo pequeno, uma calorosa reunião em família. Fogos de artifício lançados nas casas vizinhas cobrem o céu de cores vibrantes e estrondos a assustar as crianças adormecidas e a pequena cadela. O champanhe escorre da garrafa, misturando-se às risadas que se dissipam no ar. Um telefonema. Abraços e mensagens repletos dos desejos habituais. No carro, protegida do frio da madrugada durante a volta para casa, deixo minha mente divagar enquanto meus olhos perscrutam as vibrantes luzes que traçam o contorno distante de minha cidade.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Desde então, não sei ao certo se de maneira inconsciente, passei os dias evitando que minhas mãos encontrassem uma caneta, o teclado, um lápis ou outra ferramenta capaz de rabiscar sequer um esboço acerca do fim de mais uma página em minha vida. Não por faltar palavras ou inspiração, mas simplesmente pelo fato de perceber a impossibilidade de abranger em um único texto, ou sequer transpor em palavras, todos os significados do ano que passou – alguns dos quais ainda não apreendi por completo. </div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Escrevo, dessa maneira, não apenas com o objetivo de compensar a minha ausência de mais de dois meses do <b>Violeta</b>, mas com a intenção de registrar ao menos a minha gratidão pelas emoções e momentos vividos, pelos sorrisos e carinhos compartilhados, pelas brincadeiras, brigas e conversas de todos os dias, por tudo que meus olhos foram capazes de observar e presenciar neste ano que deixamos para trás, mas que, mesmo que em fragmentos, preservamos em nossas lembranças. </div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Escrevo assim consciente de que o resultado final não irá satisfazer todas as minhas expectativas. No entanto, estarei feliz se conseguir expor ao menos um esboço da intricada pintura que se apresenta em minha mente à lembrança do ano que passou, uma pintura tão rica em cores, volumes e formas.</div><div style="text-align: right;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ5AH5stRKRq5HyLi3Ygxas1-azGZqgc1KnKWjLsqMIXcw5C6MNe89g7ou9fmBqOaeA6u7SzJY6OmYyOjVduZcM3v3XQNTg_TFNd_wRQYOtL7M1-FEBWGYiDah2OAawc4SiL7nuiM14y33/s1600/as.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ5AH5stRKRq5HyLi3Ygxas1-azGZqgc1KnKWjLsqMIXcw5C6MNe89g7ou9fmBqOaeA6u7SzJY6OmYyOjVduZcM3v3XQNTg_TFNd_wRQYOtL7M1-FEBWGYiDah2OAawc4SiL7nuiM14y33/s320/as.jpg" style="cursor: move;" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto retirada do site: <span style="background-color: white; font-family: arial; line-height: 15px;">blogs.thenews.com.pk</span></td></tr>
</tbody></table> Em relação ao mundo, 2011 foi certamente um ano capaz de surpreender, maravilhar e indignar todos os que o acompanharam – talvez da mesma maneira controversa como a própria natureza humana nos inspira surpresa, admiração e indignação. Decerto, um dos retratos mais importantes de todas essas emoções que representam o ano que passou se apresenta em movimentos como a <i>Primavera Árabe</i>, o <i>Movimento dos Indignados</i> na Espanha e o <i>Ocupar Wall Street</i> nos EUA, em que milhares de pessoas, com sua força, paixão e profunda indignação tomaram as ruas em protesto às ditaduras do Oriente Médio e Norte da África, no primeiro caso, e à atual estrutura econômico-financeira mundial, responsável pela crise econômica e suas assustadoras taxas de desemprego, nos dois últimos. </div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Em um nível pessoal, 2011 revelou-se um ano muito maior do que a mera conclusão de uma etapa importante de minha vida, o Ensino Médio. Certamente, todos os seus dias foram marcados pelo convívio com pessoas singulares e pela alegria de tê-las por perto.</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"> Minha <b>família</b> não deixou de me surpreender com todos seus talentos, seja na escrita, na fotografia, nos instrumentos, na arte e até mesmo no trabalho. Em nossa casa permaneceu aquela alegria característica. Discussões e brigas também, afinal, o que seria da alegria se não houvesse a tristeza? É como se todos os móveis reproduzissem uma música gostosa pela casa, ora suave, ora ritmada – <i>e assim dançamos conforme a melodia</i>.</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFOQtT5Bi8V1BDZvcyWNk6FsS0Ls7XaK0ZmBN378GzPAQgPT7Lq4Cg6eziHVw5moh9772G3zk_NBx_P9-8-kg5FmOG0g4iRfkEGbOX5d1Kuh3tayY-EceLYyn3IIqtuvdHCAQ0QzdzXtPL/s1600/384831_2260692882386_1400349424_31897058_185510529_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFOQtT5Bi8V1BDZvcyWNk6FsS0Ls7XaK0ZmBN378GzPAQgPT7Lq4Cg6eziHVw5moh9772G3zk_NBx_P9-8-kg5FmOG0g4iRfkEGbOX5d1Kuh3tayY-EceLYyn3IIqtuvdHCAQ0QzdzXtPL/s320/384831_2260692882386_1400349424_31897058_185510529_n.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Último dia de aula</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">No ano que passou, adquiri a certeza de que as <b>amizades</b> que carrego não irão se desfazer com a distância ou com o tempo. Conheci pessoas que marcaram profundamente a minha vida e aprofundei meus laços com aquelas que participaram ativamente de meu crescimento. A separação é por vezes<i> inevitável</i>. No entanto, mesmo sem o convívio diário, tais pessoas estão e estarão em meus pensamentos, tal como o mar que, com suas ondas, sempre volta à praia. Desejo-lhes sempre muitas felicidades pelos caminhos que seguirão. </div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Enquanto escrevo e penso em tantos momentos, percebo que o texto vai se construindo com uma visão deveras positiva acerca do ano que passou. De fato, quando penso em 2011 é impossível conter um sorriso. Apesar disso, é claro que o ano não transcorreu apenas com sorrisos. Foi um ano repleto de risadas, surpresas, brincadeiras, despedidas e certas decepções. Em 2011, estudei muito, toquei violão e cantei com toda a minha sinceridade, escrevi em linhas retas e curvas, aproveitei a companhia de pessoas tão bonitas em suas diferenças, vivi muitas músicas e amei profundamente. Certamente, quando penso em 2011, a <i>saudade </i>já é inevitável.</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7FqKOFnb9WvNLK9kOMJ6rVdhs-XvlL685nNjTP3JviXa_N_LqYtv2PfNFvmwwDG2wtJFovImuwrt3KJPoyvv6Vs4K_7_mHSRbQd7dYze2ZBYiSvWX-Uyi-6QfXMRq0OyYyatdgs8iadVS/s1600/gilberto+gil+div.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7FqKOFnb9WvNLK9kOMJ6rVdhs-XvlL685nNjTP3JviXa_N_LqYtv2PfNFvmwwDG2wtJFovImuwrt3KJPoyvv6Vs4K_7_mHSRbQd7dYze2ZBYiSvWX-Uyi-6QfXMRq0OyYyatdgs8iadVS/s200/gilberto+gil+div.jpg" width="177" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Gilberto Gil - Fonte: <span style="background-color: white; font-family: arial; line-height: 15px;">entretenimento.r7.com</span></td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Quanto ao ano novo, é impossível prever o que 2012 nos reserva. No início do mês, fui ao show do Gilberto Gil no 1º <i>Festival Internacional de Artes de Brasília</i>. Em determinado momento da noite, após diversas interpretações que me mergulharam em profunda reflexão (em especial sua interpretação de <u>A Paz</u>), Gil disse algo muito bonito, com aquele seu olhar distante e contemplativo. Em resposta a um “eu te amo” da plateia, o artista sorriu e falou que também amava todos ali presentes por um simples motivo: porque, assim como nós, <b>estava vivo</b>. </div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Registro aqui essa reflexão pois, durante a virada, resolvi que não faria as tradicionais resoluções de ano novo, que na maioria das vezes parece que fazemos com o simples objetivo de não cumpri-las. Minha meta é apenas uma e pretendo cumpri-la com todo sentimento que há em mim: <b>viver</b>. Viver o ano aproveitando o máximo dessa vida e suas oportunidades. Afinal, como diz Lenine, <i>a vida é tão rara</i>...<br />
<br />
Por fim, para receber 2012 com tudo o que desejo para as pessoas queridas e para o mundo, deixo abaixo um vídeo que me emocionou profundamente. Trata-se da gravação da música <i>Imagine</i>, do John Lennon, realizada por músicos de todos os cantos do mundo através do projeto <a href="http://playingforchange.com/">Playing for change</a>, que provavelmente será tema de um post aqui no <b>Violeta </b>(amo a ideia e todo o projeto!). Feliz Ano Novo e que em 2012 não abandonemos nossos sonhos, não esquecendo que, para transformar o mundo, devemos primeiro realizar a mudança em nós mesmos.<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="http://www.youtube.com/embed/bvFLKyAGzzI?fs=1" width="480"></iframe><br />
<br />
<br />
<span style="color: orange; font-size: large;"><b>Estatísticas do Violeta</b></span><br />
<b style="background-color: white; color: #505050; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-indent: 0px;"><span style="font-size: large;">. </span></b><span style="text-indent: 35.4pt;">Posts<b> mais visitados</b>: </span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;">- <a href="http://violeta-ssb.blogspot.com/2010/10/liberdade-musical-com-ukuleles.html">Liberdade musical com ukuleles</a>; </span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;">- <a href="http://violeta-ssb.blogspot.com/2010/12/o-ano-que-caminha-para-seu-fim-por-um.html">O ano que caminha para seu fim, por um olhar curioso</a>;</span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;">- <a href="http://violeta-ssb.blogspot.com/2011/02/um-corredor-de-pensamentos-que.html">Um corredor de pensamentos que desemboca em sonho</a></span><br />
<b style="background-color: white; color: #505050; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-indent: 0px;"><span style="font-size: large;"><br />
</span></b><br />
<b style="background-color: white; color: #505050; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-indent: 0px;"><span style="font-size: large;">. </span></b><span style="text-indent: 35.4pt;"><b>Meus favoritos</b>: </span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;">- <a href="http://violeta-ssb.blogspot.com/2011/05/bravura-e-suavidade-da-menina-do-mar.html">A bravura e a suavidade da menina do mar</a>;</span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;">- <a href="http://violeta-ssb.blogspot.com/2011/02/um-corredor-de-pensamentos-que.html">Um corredor de pensamentos que desemboca em sonho</a>;</span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;">- <a href="http://violeta-ssb.blogspot.com/2011/10/uma-voz-que-resiste-as-tempestades.html">Uma voz que resiste às tempestades</a></span><br />
<br class="Apple-interchange-newline" /></div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-20493507508348842872011-10-04T22:21:00.003-03:002011-10-04T22:28:16.627-03:00Uma voz que resiste às tempestades<div style="text-align: justify;"><span lang="EN-US"> </span>Há muito tempo eu planejava escrever um pouco aqui no <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Violeta</b> sobre uma das mulheres que mais admiro. Como recentemente terminei de ler sua autobiografia, resolvi que esse era o momento certo de juntar todas as informações que adquiri, misturá-las com a grande admiração que sinto e construir um texto que transmita ao menos um esboço dessa grande personagem. </div><div></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://userserve-ak.last.fm/serve/252/29395127.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://userserve-ak.last.fm/serve/252/29395127.jpg" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fonte: http://lastfm.com.br</td></tr>
</tbody></table> Alguns anos atrás, descansando em meu quarto numa tarde como outra qualquer, uma voz me capturou. Era doce e suave, mas ao mesmo tempo vigorosa e persistente, como se, flutuando no céu, vencesse os estrondos de uma tempestade. Logo descobri a origem daquela voz: como é de costume aos domingos, meu pai estava ouvindo música e acabara de colocar no som o CD “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Gracias a la vida”. </i>Corri para lhe perguntar quem cantava – e assim conheci a voz que desde então me encanta não apenas pelo seu papel na música, mas na política e na vida de muitos: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a voz de Joan Baez</b>.<br />
<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Em uma entrevista realizada no início de sua carreira, que está presente no documentário lançado em 2009 “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Joan Baez – <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><a href="http://www.joanbaez.com/">How sweet the sound</a>”, </i></b>Joan afirma que gostaria de ser vista primeiramente como um ser humano, em segundo lugar como uma pacifista e, por fim, como cantora. De fato, nascida em Nova York em 1941, Joan Baez cresceu para se tornar não apenas um dos maiores nomes do folk, mas uma das vozes mais proeminentes do ativismo político da segunda metade do século XX.</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Desde que se apresentou pela primeira vez no café <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Club 47</i> em Cambridge, a jovem de longos cabelos negros e pés descalços ganhou o mundo, conquistando rapidamente o público com sua voz cristalina. No entanto, Joan Baez sempre se preocupou em conduzir sua carreira sem se render à indústria musical e ao inebriante universo das celebridades. Com isso, recusou propostas de grandes gravadoras e manteve-se fiel às suas posições políticas. </div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Embora não se arrependa de sua decisão, sua carreira sofreu uma espécie de crise de identidade nos Estados Unidos, diferente de outros países. A cantora revela em sua autobiografia, escrita em 1987: </div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="EN-US">“I really live in another world. It doesn’t make me unhappy, but it does make me lonely. [...] I am a stranger in my own land, always looking to feel comfortable without selling my soul.”</span></i><span lang="EN-US"></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"> “Eu realmente vivo em outro mundo. Isso não me deixa triste, mas sinto-me sozinha. [...] Sou uma estranha em minha própria terra, sempre procurando me sentir bem sem vender a minha alma.”</i></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/af/Joan_Baez_1963.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="227" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/af/Joan_Baez_1963.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Joan Baez na Marcha sobre Washington, em 1963. Fonte: Wikipedia </td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;"><br />
Uma breve pesquisa revela que, guiada por sua inabalável coragem, Joan Baez esteve presente nas principais discussões daquela época – com o violão em mãos ou não. Baseando-se nos princípios da não-violência defendidos por Gandhi e conduzida por uma fervorosa paixão em defesa da vida e dos direitos humanos, Joan Baez lutou ao lado de Martin Luther King Jr. no movimento pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, esteve à frente da resistência à guerra do Vietnã, fundou em 1964 o Instituto para o Estudo da Não-Violência (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Institute for the Study of Nonviolence</i>), entrou para a Anistia Internacional na década de 1970 e se apresentou em diversos países do mundo. </div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Em uma entrevista de 1970, Joan Baez explica: </div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.joanbaez.com/Images/JBPub2003big.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://www.joanbaez.com/Images/JBPub2003big.jpg" width="212" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto por Dana Tynan, 2003 </td></tr>
</tbody></table><i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="EN-US">“[...] music alone<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b>isn’t enough for me. If I’m not in the side of life in action as well as in music, then all these sounds, however beautiful, are irrelevant to the only real question of this century: How do we stop men from murdering each other, and what am I doing with my life to stop the murdering?”</span></i></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="EN-US"> </span>“[...] A música sozinha não é suficiente para mim. Se eu não estiver do lado da vida na ação assim como na música, então todos esses sons, por mais bonitos que sejam, são irrelevantes para a verdadeira questão deste século: como podemos impedir que os homens matem uns aos outros, e o que estou fazendo com a minha vida para impedir essa matança?”</i></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">O mais admirável é que, ao ler sua autobiografia, tive o grande prazer de constatar que Joan Baez não seguiu esse caminho por não ter medos. Eles estavam sempre presentes, pressionando-a e por vezes lançando-a em crises, indisposições e depressões. No entanto, sempre honesta com seus princípios, ela enfrentou todas as dificuldades diariamente, entregando-se ao que via como certo. </div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Acompanhando sua narrativa – além de tudo, ela tem um grande talento com as palavras -, pude conhecer passagens de sua vida que me emocionaram profundamente, como os treze dias em que, visitando o Vietnã, vivenciou um dos mais intensos bombardeios ao país, ou o belíssimo relato de suas experiências com o Dr. King, além de outras riquíssimas histórias acerca de seus shows, festivais e protestos.<br />
Durante esse longo período em que mergulhei em sua autobiografia, em sua própria música e em documentários diversos, percebi com grande alegria que a minha primeira impressão continua verdadeira. A voz de Joan Baez é <i style="mso-bidi-font-style: normal;">síntese</i> de sua pessoa: doce, mas vigorosa, sempre resistindo às tempestades.<br />
</div><br />
<center><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/GGMHSbcd_qI?fs=1" width="459"></iframe></center>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-47147458571866569752011-08-01T23:02:00.000-03:002011-08-01T23:02:57.124-03:00Pintando uma cidade atemporal à meia-noite<div style="text-align: justify;"><b>Nota:</b> Não recomendo a leitura desse post aos que ainda não conhecem a história do filme.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://temavercomigo.files.wordpress.com/2011/07/midnight_in_paris.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://temavercomigo.files.wordpress.com/2011/07/midnight_in_paris.jpg" width="216" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cartaz de <i>Meia-Noite em Paris </i></td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: right;"> <i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"> </span></i></div><div style="text-align: right;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><span style="font-size: large;"><i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"> "<span class="line">The job of the artist is not to succumb to despair, but to find an antidote for the emptiness of existence."</span></span></i></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span class="line">(O trabalho do artista não é sucumbir ao desespero, mas encontrar um antídoto ao vazio da existência)</span></span></span><i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span class="line"><br />
</span></span></i></div><div style="text-align: justify;"><span class="line"> </span> </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"> Sem dúvida alguma, seria um absurdo não escrever aqui no <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Violeta</b> sobre o filme que me encantou de tal maneira que fui ao cinema assisti-lo três vezes, sendo que a cada vez a obra tornou-se ainda mais brilhante aos meus olhos. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Meia-Noite em Paris</i>, o mais recente filme de Woody Allen, mergulhou-me em um sonho do qual foi difícil despertar.</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><div class="MsoNoSpacing"> Logo de início, Woody Allen nos apresenta uma sequência de imagens que percorrem a cidade dia e noite, desde grandes monumentos a quiosques e esquinas, como uma única pintura capaz de retratar Paris em todo o seu esplendor. Esses primeiros minutos são de tirar o fôlego e introduzem a visão do protagonista, Gil Pender, um jovem roteirista de Hollywood cujo maior sonho é escrever um romance.<span style="font-size: 10pt;"></span></div><div class="MsoNoSpacing"> Visitando a cidade com sua noiva Inez, que não compartilha de seu entusiasmo pelas ruas parisienses sob a chuva, Gil pretende viver Paris intensamente, para conhecer a cidade que nos anos 20 abrigou e encantou seus grandes ídolos, como Ernest Hemingway e F. Scott Fitzgerald. Para isso, no entanto, precisa fugir da companhia um tanto indesejável de Paul e Carol, casal amigo de Inez que os acompanha em todas as visitas turísticas por Paris.</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-indent: 35.4pt;">Então, durante uma caminhada noturna pela cidade, enquanto sua noiva está dançando com os amigos, o jovem aspirante a escritor encontra um carro antigo repleto de curiosas figuras que o convidam a aproveitar a noite parisiense. Ao entrar no carro, Gil Pender inicia sua verdadeira viagem. No momento seguinte, está sentado em um bar conversando com o próprio Hemingway, que levará seu romance ainda em construção para a análise de Gertrude Stein. </div><div class="MsoNoSpacing" style="text-indent: 35.4pt;">Dessa maneira, Allen nos conduz por uma viagem repleta de personagens fascinantes que marcaram o passado e captura com primor os trejeitos desses grandes nomes da nossa História. Hemingway (<i>Corey Stoll</i>), F. Scott Fitzgerald (<i>Tom Hiddleston</i>), Zelda Fitzgerald (<i>Alison Pill</i>), Cole Porter (<i>Yves Heck</i>) e Gertrude Stein (<i>Kathy Bates</i>), interpretados de forma singular, marcam então a jornada de amadurecimento literário e pessoal do protagonista (<i>Owen Wilson</i>). </div><div class="MsoNoSpacing" style="text-indent: 35.4pt;">Woddy Allen cria ainda personagens hilários e universais, como a família de Inez (através dos quais Allen consegue atacar com seu humor aguçado a sociedade norte-americana e o <i>Tea Party</i>) e Paul (<i>Michael Sheen</i>), o inesquecível pedante. <i>Marion Cotillard, </i>interpretando a jovem Adriana, está magnífica. A interpretação de Dalí por <i>Adrien Brody</i> também é imperdível e consiste em um dos melhores momentos do filme.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3i3hMNIl4gAzsWEX_ExH8U_vLgPXYBu3M58UqysvI67JMj3BjlH-G-Nm7nWREQ63HKO8lgWPCTufbUykYgRuR9NhBEevWBHjV19YbAFIfrERWYXYPaEgbaFKWJdwel07THwX9vTj4iskW/s400/midnight-in-paris.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3i3hMNIl4gAzsWEX_ExH8U_vLgPXYBu3M58UqysvI67JMj3BjlH-G-Nm7nWREQ63HKO8lgWPCTufbUykYgRuR9NhBEevWBHjV19YbAFIfrERWYXYPaEgbaFKWJdwel07THwX9vTj4iskW/s200/midnight-in-paris.jpg" width="150" /></a></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-indent: 35.4pt;">Assim, utilizando-se de personagens instigantes, Woody Allen retrata e questiona a nostalgia e a grande admiração que sentimos pelo passado, tratando ainda de temas como a arte, a vida e a morte. Em um momento do filme, ao admirar Paris, Gil diz que nenhuma obra de arte é capaz de comparar-se a uma grande cidade (“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">No work of art can compare to a city”).</i> Bom, talvez não. Mas devo dizer que, para mim, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Meia-Noite em Paris </i>é tão belo, fascinante e encantador como a própria Paris.<br />
<span id="goog_2143779363"></span><span id="goog_2143779364"></span></div></div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-87013187774101876722011-07-30T20:26:00.004-03:002011-07-30T20:51:12.682-03:00Retornando das férias...<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYuB0udKCrXS75K3kp6lFM47mKmtqCoM7KXF5GRwsK0We4rrBCEvIm8ub_9_YcSzygBgb1DJwBrMCFMF2Kr3Uwxa50JAxi_XLr6WS5frY42-ePieXZj3phX4JhANax7vcIBQziGWn5mVQY/s1600/DSC04667.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYuB0udKCrXS75K3kp6lFM47mKmtqCoM7KXF5GRwsK0We4rrBCEvIm8ub_9_YcSzygBgb1DJwBrMCFMF2Kr3Uwxa50JAxi_XLr6WS5frY42-ePieXZj3phX4JhANax7vcIBQziGWn5mVQY/s320/DSC04667.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Um presente!</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<b>"Life seems but a quick succession of busy nothings."</b><i> </i></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><i>("Nossa vida não passa de rápida sucessão de urgentes insignificâncias”<b>¹</b></i>)</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;"> (Mansfield Park, Jane Austen)</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Minhas férias chegaram e já foram embora. Parece que passaram num segundo! Enfim, eu planejava escrever bastante aqui no <b>Violeta</b> durante as férias, já tinha várias ideias em mente. No entanto, em virtude de alguns imprevistos, não foi possível. Acabou que assim tirei umas férias do blog também (embora não precise, pois um de meus maiores prazeres é escrever para o <b>Violeta</b>). Não costumo escrever muito sobre a minha vida aqui, mas sinto que essa notícia não poderia deixar de registrar: passei no vestibular agora no meio do ano! Foi uma grande surpresa, pois ainda não completei o Ensino Médio. Fiz vestibular para Letras, uma decisão que tomei há muito tempo. Fiquei bem feliz com o resultado, mas resolvi terminar o Ensino Médio primeiro. Assim, as aulas voltaram e agora tenho que me preparar para o próximo vestibular no fim do ano. </div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFc20keXQTQCKX4lVDnJXTWUPCYIXTuT9Jkd_q2MtqbZMopBFsG1KFdFcJ49JY0aaTt5RXIFriDuKa8VVAdZYqQ_3m0CVT25Pw1uxqwQDVfttxZFK5OgoAM6VT7D1HMgALzb_u_cpubeFS/s1600/DSC04675.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFc20keXQTQCKX4lVDnJXTWUPCYIXTuT9Jkd_q2MtqbZMopBFsG1KFdFcJ49JY0aaTt5RXIFriDuKa8VVAdZYqQ_3m0CVT25Pw1uxqwQDVfttxZFK5OgoAM6VT7D1HMgALzb_u_cpubeFS/s200/DSC04675.JPG" width="200" /></a> Amanhã mesmo haverá um novo post, para compensar a ausência. Aliás, a foto acima é de um caderno lindo que ganhei de presente de minha irmã. Além da capa linda, algumas páginas têm citações de Jane Austen e ilustrações de sua obra. Um grande presente!</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">¹A tradução da citação não é minha e, infelizmente, não consegui a fonte. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-3088981905701910862011-05-02T22:29:00.001-03:002011-05-02T22:36:03.128-03:00A bravura e a suavidade da menina do mar<div class="WordSection1"><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiY9G0C1j8qSXqtCmCDnbWXe4nMiPq68Wp6_1-zS1MGsw0Nm_bN5zHu10831Vt667qqp7VnIZafHjoyCH3Tl-Fu9JczjtpziQ0iPsSCxbSydAT-JX_W9kNxhIX2dGrMnZMkM3V3Ki4Bmn9/s640/sophia_uma_vida_de_poeta.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiY9G0C1j8qSXqtCmCDnbWXe4nMiPq68Wp6_1-zS1MGsw0Nm_bN5zHu10831Vt667qqp7VnIZafHjoyCH3Tl-Fu9JczjtpziQ0iPsSCxbSydAT-JX_W9kNxhIX2dGrMnZMkM3V3Ki4Bmn9/s320/sophia_uma_vida_de_poeta.jpg" width="256" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cartaz da exposição Uma vida de Poeta</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNoSpacing"><br />
</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;"><span style="font-size: 14pt;"><br />
</span></div><div align="left" class="MsoNoSpacing" style="text-align: left;"><br />
<div style="text-align: center;"><span style="font-size: 14pt;">Biografia</span></div><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: left;">Tive amigos que morriam, amigos que partiam</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: left;">Outros quebravam o seu rosto contra o tempo.</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: left;">Odiei o que era fácil</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;"><div style="text-align: left;">Procurei-me na luz, no mar, no vento</div></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><div style="text-align: right;"><span style="font-size: x-small;">- Sophia de Mello Breyner Andresen</span></div><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Há alguns dias, percebi que ainda não havia falado aqui no blog sobre uma de minhas poetas<span style="font-size: 11pt;">*</span> favoritas, Sophia de Mello Breyner Andresen. Assim, resolvendo corrigir logo esse descaso, mergulhei em suas poesias repletas de maresia e escrevi esse modesto texto, não como fruto de análises profundas sobre sua linguagem poética, mas como resultado de uma leitura carregada de admiração. </div> Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto em 1919 e faleceu em 2004. Em ocasião de sua morte, a escritora Maria Velho da Costa afirmou, com precisão: <i>“Perdemos a menina do mar”.</i> De fato, a poesia de Sophia é a pura imagem do mar e da brisa, com seus momentos de calmaria infinita e de turbulências arrasadoras. Em <i>A Vaga</i>, podemos observar essa dicotomia fascinante que permeia sua obra:<br />
<br />
</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;"><span style="font-size: 14pt;">A Vaga</span></div><div class="MsoNoSpacing"><br />
</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">Como toiro arremete</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">Mas sacode a crina</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">Como cavalgada</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">Seu próprio cavalo</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">Como cavaleiro</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">Força e chicoteia</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">Porém é mulher</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">Deitada na areia</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">Ou é bailarina</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">Que sem pés passeia</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> No entanto, Sophia não se manifestou apenas na poesia, escrevendo também contos, ensaios e literatura infantil. Além disso, traduziu Eurípedes, Dante e Shakespeare. Foi consagrada com inúmeros prêmios, dentre eles o Prêmio Camões, em 1999, sendo considerada uma das maiores poetas portuguesas do século XX. </div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> A obra de Sophia é repleta de imagens do mar, da brisa e do vento, com descrições arrebatadoras das paisagens que permearam sua vida e imaginação. Mas sua poesia é composta também de uma intensa consciência social, política e moral, refletindo os acontecimentos e batalhas de sua própria vida.</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Sophia Andresen foi ativista de grande importância na resistência ao regime salazarista, sendo sócia-fundadora da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos. Em 1975, foi eleita como deputada à Assembléia Constituinte pelo Partido Socialista. Apesar de ter uma vida política breve, Sophia lutou durante toda a sua vida pela liberdade, igualdade e justiça, causas que estão sempre presentes em sua obra. No poema <i>25 de Abril,</i> Sophia comemora a Revolução dos Cravos:</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">Esta é a madrugada que eu esperava</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">O dia inicial inteiro e limpo</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">Onde emergimos da noite e do silêncio</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">E livre habitamos a substância do tempo</div><div class="MsoNoSpacing"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing"><div style="text-align: justify;"> Em sua obra, há ainda um rico conjunto de reflexões em formato de prosa e verso acerca da arte poética. Em um discurso proferido na Sociedade Portuguesa de Escritores<i>, </i>Sophia explica: <i>“Sempre a poesia foi para mim uma perseguição do real. Um poema foi sempre um círculo traçado à roda duma coisa, um círculo onde o pássaro do real fica preso. E se a minha poesia, tendo partido do ar, do mar e da luz, evoluiu, evoluiu sempre dentro dessa busca atenta.”</i> E acrescenta: <i>“A moral do poema não depende de nenhum código, de nenhuma lei, de nenhum programa que lhe seja exterior, mas, porque é uma realidade vivida, integra-se no tempo vivido”.</i></div></div><br />
<br />
<div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;"><span style="font-size: 14pt;">O Poema</span><br />
<br />
<div style="float: left; width: 45%;">O poema me levará no tempo<br />
Quando eu já não for eu<br />
E passarei sozinha<br />
Entre as mãos de quem lê<br />
<br />
O poema alguém o dirá<br />
Às searas<br />
<br />
Sua passagem se confundirá <br />
Com o rumor do mar com o passar do vento<br />
<br />
O poema habitará<br />
O espaço mais concreto e mais atento</div><div style="float: right; width: 45%;">No ar claro nas tardes transparentes<br />
Suas sílabas redondas<br />
<br />
(Ó antigas ó longas<br />
Eternas tardes lisas)<br />
<br />
Mesmo que eu morra o poema encontrará<br />
Uma praia onde quebrar suas ondas<br />
<br />
E entre quatro paredes densas<br />
De funda e devorada solidão <br />
Alguém seu próprio confundirá<br />
Com o poema no tempo</div><br />
<br />
<br />
</div> <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
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<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;"> Ao penetrar nas palavras de Sophia de Mello Breyner Andresen, o leitor sente com clareza a maresia e a pureza que compõem a alma daquela que, com tanta suavidade, coragem e bravura, derramou suas palavras sobre as páginas em branco, transformando-as em pura expressão de sua vivência e do seu tempo.</div></div><div class="WordSection1"><span id="goog_1830988454"></span><span id="goog_1830988455"></span><br />
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">* Optei por utilizar o termo <i>poeta</i>, pois, durante minhas pesquisas, descobri que Sophia Andresen primava por esse termo, uma vez que considerava que a palavra <i>poetisa</i> atribui às mulheres um caráter de inferioridade em relação aos homens que exercem a mesma atividade. <a href="http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=14242">[Mais aqui]</a> </div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><b><br />
</b></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><u>Algumas referências:</u><br />
<b>Vilma Arêas</b>, Sophia: Clássica e Anticlássica (prefácio do livro Poemas escolhidos: Sophia de Mello Breyner Andresen – Companhia das Letras);</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing"></div></div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-24916227352635495192011-04-07T20:56:00.006-03:002011-04-20T20:17:34.329-03:00A calmaria do entardecer de Hiroshima<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://plaza.bunka.go.jp/festival/2004/images/yuunagi_l.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="268" src="http://plaza.bunka.go.jp/festival/2004/images/yuunagi_l.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ilustração da capa de<i> Hiroshima </i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%;">– </span></i><i> A cidade da calmaria</i>, de Fumiyo Kouno</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><div class="MsoNoSpacing"> Há três semanas, após acompanhar com grande pesar as tragédias que assolaram o Japão no início de março e observar com surpresa a determinação de seu povo, li a Graphic Novel em estilo mangá <i>Hiroshima</i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%;"> – </span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;">A cidade da calmaria</i>, de Fumiyo Kouno. Foi impossível conter a emoção. Lágrimas correram e fiquei pensando profundamente durante as horas seguintes, admirada com a força do povo da Terra do Sol Nascente e com as provações pelas quais passaram durante sua história. </div><div class="MsoNoSpacing"> <i>Hiroshima</i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%;"> – </span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;">A cidade da calmaria,</i> obra premiada lançada no Brasil pela JBC no ano passado, relata a trajetória de duas personagens de gerações distintas que sofreram, em tempos diferenciados, as consequências do desastre nuclear de 1945. Primeiramente, o cenário é o Japão de 1955, em que a jovem Minami Hirano, sobrevivente da bomba de Hiroshima, observa com grande pesar e assombro as pessoas de sua cidade e si mesma dez anos após o fatídico evento. Na segunda parte, por volta de três décadas depois, há um retrato da vida de Nanami Ishikawa, japonesa cuja história relaciona-se intimamente com a primeira jovem que acompanhamos. </div><div class="MsoNoSpacing"> O traço de Fumiyo Kouno é leve e delicado, possuindo assim aquela beleza singular presente apenas nas coisas simples, uma beleza que toca e emociona. Além disso, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A cidade da calmaria</i> não é um retrato sobre a bomba de Hiroshima em si e seus efeitos catastróficos imediatos, mas um relato das conseqüências que a terrível Rosa Nuclear causou sobre o cotidiano dos habitantes de Hiroshima e seus familiares, dos resíduos e incertezas que essa deixou durante décadas sobre os japoneses. Dessa maneira, o mangá não retrata os desastres em uma escala geral. Ele o faz através da visão particular de duas jovens, demonstrando com primor as profundas marcas deixadas pela bomba na sociedade japonesa por gerações. Uma visão que surpreende por não conhecermos a tragédia sob esse ângulo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img border="0" height="320" src="http://ladyscomics.com.br/wp-content/uploads/2010/12/town_interior2.jpg" width="300" /></div><div class="MsoNoSpacing"><br />
No posfácio da obra, a autora Fumiyo Kouno, nascida em Hiroshima, confessa que primeiramente esteve apreensiva em retratar uma história sobre a Bomba Nuclear, uma vez que cresceu evitando qualquer coisa relacionada ao desastre, pois era um assunto que muito a afetava: ”Considerava uma história antiga que bastava ter consciência de que era horrível, mas que deveria permanecer intocada”. No entanto, a autora completa: “[...] acredito que tenha aceitado criar esta obra porque, lá no fundo, eu me sentia uma irresponsável e achava anormal permanecer alheia à questão, ou melhor, que eu tentasse continuar alheia a ela.” Kouno afirma que resolveu escrever uma história sobre os efeitos da bomba quando percebeu que muitas pessoas fora de Hiroshima não tinham a oportunidade de saber a respeito. </div><div class="MsoNoSpacing"><br />
</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;"><i>“Em “A Terra das Cerejeiras”</i> [título da segunda história] <i style="mso-bidi-font-style: normal;">eu tentei falar sobre aquilo que sempre quis saber na época em que vivia fugindo do assunto. Desejo, do fundo do coração, que as pessoas que se identificarem comigo possam usar esta obra para ajudá-las a crescer fortes e gentis como as árvores de cerejeira”</i></div><div align="right" class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;">- Fumiyo Kouno</div><div align="right" class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing"> <i>Hiroshima </i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%;">– </span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;">A cidade da calmaria </i>ganhou diversos prêmios e tornou-se símbolo da luta contra as armas nucleares, sendo referência em movimentos internacionais pela paz, como a Conferência do Tratado de Não-Proliferação das Armas Nucleares. Considero-a uma obra essencial para o melhor entendimento da totalidade do desastre da Bomba de Hiroshima, pois percebemos, por meio da visão das duas jovens japonesas, os efeitos dessa tragédia na sociedade japonesa, as sombras lançadas sobre seu cotidiano e a extraordinária força desse povo para a resistência aos desastres. É impossível não admirá-los.</div><div class="MsoNoSpacing"><br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPhmUOkMFo2Ej8ORnobqydGTw2hL2I7SVHgNE5VkOO0SLrz4rqbMnSg-QJAquuP8xgRiw79VlLcho3toEbVgAFZesZEYqCV8iGGl7lToBLeNnLrIIRVgv0Lw_AD5Jtn7zj6l7oJ5fewZs/s1600/hiroshima_manga.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPhmUOkMFo2Ej8ORnobqydGTw2hL2I7SVHgNE5VkOO0SLrz4rqbMnSg-QJAquuP8xgRiw79VlLcho3toEbVgAFZesZEYqCV8iGGl7lToBLeNnLrIIRVgv0Lw_AD5Jtn7zj6l7oJ5fewZs/s200/hiroshima_manga.jpg" width="140" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Capa do mangá lançado em 2010 pela JBC</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNoSpacing"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing"><br />
</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">“A calmaria da hora do pôr-do-sol pode cessar diversas vezes, mas, mesmo assim, ela nunca acaba.”</i></div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing"><br />
</div></div><br />
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<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">*Obs: Peço desculpas pela demora para a publicação do novo post, estive doente na última semana e isso atrasou diversos trabalhos. Mas estou de volta!</div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-32281159667137637722011-03-14T21:01:00.001-03:002011-03-14T21:03:44.745-03:00A neblina que assiste ao fim de Policarpo<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDj0gLMD9-Cg9st2LI4BTbN7-_lG16qiH4kasgpRlquDFLukoC0LZOImmNaF1mQ4OjoB-A2Ie7WvYaF1g4MeUBHwjAVuWjdYRkMoRWOrX1hLnTc45u32q8GZDJeb4GJE7kv3nRviX88buY/s320/85-16-03990-0.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDj0gLMD9-Cg9st2LI4BTbN7-_lG16qiH4kasgpRlquDFLukoC0LZOImmNaF1mQ4OjoB-A2Ie7WvYaF1g4MeUBHwjAVuWjdYRkMoRWOrX1hLnTc45u32q8GZDJeb4GJE7kv3nRviX88buY/s320/85-16-03990-0.jpg" width="211" /></a></div> Em minha recente leitura de <i>Triste Fim de Policarpo Quaresma, </i>de Lima Barreto, obra que representa com clareza o Pré-Modernismo, deparei-me com um trecho que me tocou particularmente e resolvi reproduzi-lo aqui no blog. O que tanto me impressionou foi a maneira como o autor conduz o nosso olhar pela paisagem, fazendo com que o leitor adentre profundamente o cenário que se apresenta, como se esse nascesse exatamente no momento em que nossos olhos perpassam as palavras do narrador. Mais do que a própria paisagem, é a emoção e a inquietude que ela provoca que me atingiram com força, devido à descrição primorosa de Lima Barreto.</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> “Oito horas da manhã. A cerração ainda envolve tudo. Do lado da terra, mal se enxergam as partes baixas dos edifícios próximos; para o lado do mar, então, a vista é impotente contra aquela treva esbranquiçada e flutuante, contra aquela muralha de flocos e opaca, que se condensa ali e aqui em aparições, em semelhanças de coisas. O mar está silencioso: há grandes intervalos entre o seu fraco marulho. Vê-se da praia um pequeno trecho, sujo, coberto de algas, e o odor da maresia parece mais forte com a neblina. Para esquerda e para a direita, é o desconhecido, o Mistério. Entretanto, aquela pasta espessa, de uma claridade difusa, está povoada de ruídos. O chiar das serras vizinhas, os apitos de fábricas e locomotivas, os guinchos de guindastes dos navios enchem aquela manhã indecifrável e taciturna; e ouve-se mesmo a bulha compassada de remos que ferem o mar. Acredita-se, dentro daquele decoro, que é o Caronte que traz a sua barca para uma das margens do Estige...</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Atenção! Todos perscrutam a cortina de névoa pastosa. Os rostos estão alterados; parece que do seio da bruma vão surgir demônios...</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Não se ouve mais a bulha: o escaler afastou-se. As fisionomias respiram aliviadas.</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Não é noite, não é dia; não é o dilúculo, não é o crepúsculo; é a hora da angústia, é a luz da incerteza. No mar, não há estrelas nem sol que guiem; na terra, as aves morrem de encontro às paredes brancas das casas. A nossa miséria é a mais completa e a falta daqueles mudos marcos da nossa atividade dá mais forte percepção do nosso isolamento do seio da natureza grandiosa.</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Os ruídos continuam, e, como nada se vê, parece que vêm do fundo da terra ou são alucinações auditivas. A realidade só nos vem do pedaço do mar que se avista, marulhando com grandes intervalos, fracamente, tenuamente, a medo, de encontro à areia da praia, suja de bodelhas, algas e sargaços.</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Aos grupos, após o rumor dos remos, os soldados deitaram-se pela relva que continua a praia. Alguns já cochilam; outros procuram com os olhos o céu através do nevoeiro que lhes umedece o rosto.”</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;"> </div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;"> <span style="font-size: x-small;"><i>Triste Fim de Policarpo Quaresma</i>, de Lima Barreto, </span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;"><span style="font-size: x-small;">Capítulo II da Terceira Parte.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Como essa semana terei várias provas e trabalhos, não sei quando poderei trazer o post em que estive trabalhando nos últimos dias. Fica esse trechinho especial de Policarpo Quaresma e espero que no próximo fim de semana eu esteja de volta. Também andei escrevendo uma resenha de <i>O Discurso do Rei,</i> mas, como é parte de um trabalho, só poderei postá-la em dois meses. </div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-77198677311347999122011-02-19T23:23:00.000-02:002011-02-19T23:34:31.989-03:00Um corredor de pensamentos que desemboca em sonho<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>“O sonífero não tem mais efeito imediato, e já sei que o caminho do sono é como um corredor cheio de pensamentos. Ouço ruídos de gente, de vísceras, um sujeito entubado emite sons rascantes, talvez queira me dizer alguma coisa. [...] Sirene na rua, telefone, passos, há sempre uma expectativa que me impede de cair no sono. É a mão que me sustém pelos raros cabelos. Até eu topar na porta de um pensamento oco, que me tragará para as profundezas, onde costumo sonhar em preto-e-branco.”</i></span></div><div></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;"> <span style="font-size: large;"> </span><span style="font-size: large;">- Leite Derramado, Chico Buarque</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.leitederramado.com.br/wordpress/wp-content/themes/default/images/leite_derramado_il_01.gif" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="http://www.leitederramado.com.br/wordpress/wp-content/themes/default/images/leite_derramado_il_01.gif" width="138" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Capa do livro, retirada do <a href="http://www.leitederramado.com.br/wordpress/">site oficial</a></td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-style: normal;"> </span><span style="font-size: 12pt; font-style: normal;">O trecho acima, localizado logo ao fim do primeiro capítulo do livro <i>Leite Derramado</i>, do escritor, compositor e cantor Chico Buarque, foi como um convite para a minha leitura das memórias de Eulálio d’Assumpção. Ao mergulhar na narrativa desse homem muito velho, deitado ao leito de um hospital, vi nessas primeiras palavras a abertura para o corredor de sua história, onde realidade, memórias e pensamentos misturam-se num sonho em preto e branco, que por vezes tinge-se de laranja. </span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-style: normal;"> Em um discurso destinado à sua filha, às enfermeiras ou a quem estiver disposto a ouvir, Eulálio d’Assumpção tece uma intrincada teia repleta de lembranças e sonhos, uma teia formada de situações passadas, presentes e futuras narradas de maneira arbitrária, como os devaneios que nos visitam antes de adormecermos. Em um momento vemos Eulálio adulto, caminhando sobre</span><span style="font-size: 12pt;"> <i>“o desenho das ondas em preto-e-branco, no mosaico da calçada de Copacabana”</i></span><span style="font-size: 12pt; font-style: normal;">, em outro, surpreendemo-nos em seu leito de criança, atormentado por uma caxumba enquanto pede que sua mãe lhe cante uma berceuse. </span><i><span style="font-size: 12pt;">“[...] Você se esqueceu do meu beijo, não tirou minha febre, partiu sem cantar minha berceuse”.</span></i></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-style: normal;"> Descendente de uma família tradicional brasileira, Eulálio d’Assumpção não se retém apenas em suas memórias, mas transmite com a mesma paixão as histórias de seus ancestrais mais distintos, de seus descendentes e do último Assumpção. Com uma linguagem peculiar, característica de sua educação e de sua vivência, o velho tece em seu breve discurso um riquíssimo retrato de toda a história do Brasil. Assim, de maneira contraditória, Eulálio acaba traçando, por meio de relatos não cronológicos, uma verdadeira linha do tempo desses anos.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-style: normal;"> Mas, além de um relato familiar, <i>Leite Derramado</i> também é marcado pela imagem de uma relação que envolve, intriga e apaixona. Matilde,<i> </i></span><i><span style="font-size: 12pt;">“a mais moreninha das congregadas marianas”</span></i><span style="font-size: 12pt; font-style: normal;">, aparece para o leitor em flashbacks e lembranças entrecortadas que por vezes misturam-se a sonhos na mente do velho Eulálio, tomado por essa paixão que o acompanha durante toda a vida e, mesmo em seus últimos momentos, ainda queima. Retratada assim por essa ardente paixão, Matilde aparece para o leitor com uma beleza indescritível, seja saltitando na calçada como se jogasse amarelinha, seja dançando ao som do samba de vitrola, seja sentada no piano de cauda, </span><i><span style="font-size: 12pt;">“os cabelos molhados sobre as costas nuas</span></i><span style="font-size: 12pt; font-style: normal;"><i>”</i>. </span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-style: normal;"> A Colônia e Portugal, o Império, a Primeira República, a Belle Époque, a Ditadura Militar e o Rio de Janeiro contemporâneo, em uma narrativa marcada por flutuações e lembranças entrecortadas, são tratados através das experiências de uma família nobre e tradicional brasileira que sente os efeitos do tempo sobre si. Dessa forma, um Barão do Império, um Senador da Primeira República, um jovem comunista e um moleque do Rio de Janeiro atual, todos esses personagens da família Assumpção aparecem e desaparecem rapidamente na narrativa, deixando as marcas de sua história sobre o relato envolvente de Eulálio. Por isso, <a href="http://www.leitederramado.com.br/wordpress/?p=47">Leyla Perrone-Moisés</a> descreve a narrativa de <i>Leite Derramado</i> como uma saga familiar marcada pela decadência que se desenvolve de maneira breve, concisa e precisa. </span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> <i> </i><span style="font-size: small;"><i style="font-family: inherit;">“Tudo, neste texto, é conciso e preciso. Como num quebra-cabeça bem concebido, nenhum elemento é supérfluo [...] É espantoso como tantas personagens conseguem vida própria em tão pouco espaço textual. <i><span style="font-style: normal;">Leite derramado</span></i> é obra de um escritor em plena posse de seu talento e de sua linguagem”</i></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 247.8pt; text-align: right; text-indent: 35.4pt;">– <span style="font-style: normal;">Leyla Perrone-Moisés</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-style: normal;"> Em <i>Leite Derramado</i>, as mudanças, os personagens e as situações aparecem e nos abandonam em relatos fugazes que se perdem na mente do velho Eulálio, como em sonho. E, como em sonho, reaparecem, se reinventam, se misturam e se esquecem. Como se as lembranças do velho no leito de hospital fizessem parte de um corredor impreciso de pensamentos, que desemboca num sonho contínuo. No fim, uma mancha alaranjada sobre o retrato em branco e preto. <b> </b></span></div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-53318286154369196622011-02-08T22:48:00.007-02:002011-02-08T23:07:43.383-02:00A Educação no Século XXI: Mudando os paradigmas<div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="295" src="http://www.youtube.com/embed/7BDOICZDjGA?fs=1" width="480"></iframe></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"> Cursando este ano o terceiro ano do Ensino Médio, estou terminando um longo processo de vivência no ambiente escolar. Dessa maneira, ao deparar-me com esse vídeo, não pude deixar de compreender os questionamentos e reflexões feitas pelo pensador britânico <b>Ken Robinson</b> em sua palestra. O vídeo faz parte de um projeto da <a href="http://www.youtube.com/user/theRSAorg">RSA </a>em que palestras são acompanhadas através de desenhos. Assim, a exposição de idéias ganha um outro olhar, apresentando um caráter interativo e complementando-se para uma maior compreensão e apreensão dos questionamentos expostos.</div><div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.faminasbh.edu.br/Estudar/images/calvin_estudar.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="191" src="http://www.faminasbh.edu.br/Estudar/images/calvin_estudar.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Calvin, personagem de Bill Watterson</td></tr>
</tbody></table> Achei esse vídeo interessantíssimo e não pude deixar de postá-lo aqui no blog. Convivendo diariamente com essa realidade, percebo a tendência cada vez maior para a utilização de medicamentos pesados nos estudantes como maneira de fazê-los focar nas aulas. Vivendo na <b>era da informação</b>, as crianças e os adolescentes se sentem desanimados no ambiente escolar, desmotivados a prestar atenção na aula enquanto lá fora se abre um leque imenso de entretenimento e informação. Estudar torna-se, desde muito cedo, um exercício enfadonho e tedioso.<br />
Dessa maneira, os estudantes não enxergam o propósito da escola. Adquirir conhecimento, conhecer o universo e a cultura da nossa sociedade - um exercício que certamente é um dos processos mais instigantes da vida - torna-se para aquelas crianças e adolescentes, sinônimo de chatice. Obrigados a estudar assuntos que não lhes motivam para passarem em provas que não medem de maneira efetiva seus conhecimentos, sentem-se cada vez mais pressionados. E quando a perspectiva do vestibular começa a aparecer efetivamente em seu cotidiano, essa pressão agrava-se de maneira absurda. </div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div> Inúmeras vezes presenciei casos de pessoas brilhantes em áreas específicas (artes, filosofia, ciência, etc) que, em meio à carga infinita de obrigações e exames, enxergam a escola como uma espécie de prisão, o que as sufoca e muitas vezes impede o desenvolvimento de suas habilidades e conhecimento naquilo que se sentem atraídas. No Ensino Médio, por exemplo, o currículo é tão pesado e abundante que muitos, já pressioandos pela escolha de sua carreira futura, sucumbem ao estresse e, em alguns casos, até mesmo à depressão. </div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.guiabrasilblog.com/guiagratisbrasilfotos/2010/01/estudar.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="149" src="http://www.guiabrasilblog.com/guiagratisbrasilfotos/2010/01/estudar.jpg" width="200" /></a></div> Penso que <b>Mudar os Paradigmas da Educação</b> é um processo lento que certamente irá gerar grandes discussões - mas é algo extremamente necessário. Precisamos de um modelo de educação que se adeque ao contexto social em que vivemos. <b>Conhecimento</b> deve tornar-se, para os estudantes, sinônimo de<b> prazer</b>.<br />
<br />
<br />
<br />
Para iniciar essa discussão, nada melhor do que a palestra acima do pensador <b>Ken Robinson </b>(com legendas em português), que encontrei <a href="http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/organizando-as-ideias-ken-robinson-as-massas-brasileiras-e-o-neurocientista.html">nesse post</a> do <a href="http://www.viomundo.com.br/">Viomundo</a>.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-26093021858340595222011-01-17T23:11:00.002-02:002011-02-19T23:35:58.375-03:00Uma dupla visita ao passado - Impressões sobre Orgulho e Preconceito 1940<div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://img.listal.com/image/405538/500full.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="http://img.listal.com/image/405538/500full.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Greer Garson e Laurence Olivier em Orgulho e Preconceito (1940)</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;"><br />
<div style="text-align: left;"><a href="http://www.myprideandprejudice.com/wp-content/uploads/2009/08/P-and-P-1940-Poster.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://www.myprideandprejudice.com/wp-content/uploads/2009/08/P-and-P-1940-Poster.jpg" width="210" /></a></div> Há alguns dias, um querido tio, conhecendo a paixão que tenho pelas obras da escritora inglesa <i>Jane Austen</i>, presenteou-me com o filme Orgulho e Preconceito de 1940, estrelado por <b>Greer Garson</b> e <b>Laurence Olivier</b>. Curiosa, já assisti ao filme e gostaria de registrar aqui no Violeta algumas de minhas impressões.</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> No entanto, antes de começar a discorrer sobre o filme em si, acredito que seja importante acrescentar o seguinte: penso que, para que a adaptação para o cinema seja fiel à obra original, o principal fator que deve estar presente é a <b>essência</b> das personagens e do enredo que proporcionará o desenvolvimento dessas personagens. Dessa maneira, apesar de ser uma leitora ávida das obras de Jane Austen, não haverá aqui as reclamações fervorosas que são comuns aos fãs apaixonados. Mas certamente haverá críticas. Com esse pensamento em mente, falo agora sobre o filme em questão.</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Logo na primeira cena em que somos introduzidos, com uma vista graciosa da vila de Meryton, a Sra. Bennet e às suas filhas mais velhas, notei que o roteiro tomaria certas liberdades com a sequência dos eventos. Para mim, isso de forma alguma desqualifica uma adaptação - penso que as alterações são inclusive necessárias para que se mantenha a unidade do trabalho de acordo com a obra original. Afinal, <i>cinema e literatura são linguagens diferente</i>s. </div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.myprideandprejudice.com/wp-content/uploads/2009/07/The-Bennet-sisters-in-Pride-and-Prejudice-1940.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="http://www.myprideandprejudice.com/wp-content/uploads/2009/07/The-Bennet-sisters-in-Pride-and-Prejudice-1940.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">As irmãs Bennet</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: left;"></div> A produção do filme é glamorosa. Adoro assistir a filmes produzidos nesse período, há algo neles que simplesmente me encanta. Entretanto, em minhas passagens por comentários e resenhas, notei que a maioria das críticas sobre esse filme estão relacionadas ao <b>figurino</b> (<i>aparentemente</i>, reaproveitaram o figurino de outra produção). Confesso que, tendo assistido a outras adaptações de romances de Jane Austen e estando habituada ao figurino correspondente da época, os trajes dos personagens me incomodaram, afinal, houve um total descompasso entre o <i>figurino</i> e o <i> período histórico</i>. Acredito que isso ficou explícito, mas também não descarto o fato de que, por ter visto tantas adaptações de histórias desse período, o estranhamento possa ter sido maior em mim. Todavia, os vestidos de mangas bufantes não conseguem ofuscar o brilho da produção.</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> De certa forma, acredito que o <b>ouro</b> dessa adaptação encontra-se na <i>atuação de seus atores</i>. Greer Garson sem dúvida alguma foi uma excelente Elizabeth Bennet. Ela demonstra possuir grande segurança, facilmente tomando conta da tela. Acredito que há <i>verdade</i> em sua atuação e ela consegue transmitir a força, as virtudes, o sarcasmo e os defeitos da personagem com primor. A Sra. Bennet e seu marido são simplesmente hilários e é impossível não se derramar em risadas em seus diálogos. Também gostei muito das irmãs de Elizabeth, todas conseguiram captar muito bem suas personagens (gostei especialmente da Mary nessa adaptação). Enfim, de maneira geral, todos os atores fazem uma grande homenagem à obra de Jane Austen.<br />
<a href="http://media.dvdtown.com/images/displayimage.php?id=5809" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://media.dvdtown.com/images/displayimage.php?id=5809" width="227" /></a> No entanto, devo confessar que Laurence Olivier não atendeu totalmente às minhas expectativas como Sr. Darcy durante a primeira metade do filme. Acredito que ele ficou muito "solto" no início, demasiado cortês e gentil para o Darcy reservado, arrogante e tímido que faz com que todos do vilarejo (e os leitores/espectadores da obra) o vejam como um homem detestável e orgulhoso. Assim, não senti no filme aquela mudança em Darcy que tanto nos impressiona ao lermos o livro. Devo acrescentar também que não gostei muito das ações da Lady Catharine no encerramento do filme – nesse caso, acredito que a alteração causou uma mudança na <i>motivação</i> da personagem em questão, o que afeta diretamente <i>a <b>crítica social </b>que Austen apresenta no do retrato dessa personagem</i>.<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"> Claramente a intenção dos responsáveis pelo filme foi produzir uma <b>comédia</b> (como vemos até mesmo no cartaz). Observando isso, a qualidade dessa produção é indiscutível. Certamente, todos os atores, cenários, produtores e responsáveis pelo filme conseguiram criar uma excelente reprodução do universo de Jane Austen. Sabemos que há falhas. Entretanto, não devemos deixar de assistir a essa produção que, de maneira tão glamorosa, nos enche de prazer e produz momentos de risadas incessantes com os personagens que, há duzentos anos, permeiam os cenários de uma das obras mais aclamadas da literatura inglesa. Afinal, poucas coisas superam o prazer de observar a animada Sra Bennet disputando corrida de carruagem com Lady Lucas para transmitir primeiro a seu marido a notícia que pode afetar drasticamente o futuro de suas filhas.</div></div></div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-49197334048127586422010-12-26T14:39:00.002-02:002012-06-11T10:24:15.649-03:00O ano que caminha para seu fim, por um olhar curioso: Retrospectiva 2010<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://cuteandcurious.com.br/wp-content/uploads/2011/02/MafaldaAnoNovo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="211" src="http://cuteandcurious.com.br/wp-content/uploads/2011/02/MafaldaAnoNovo.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-size: 13px;">Tirinha da Mafalda, de </span><a href="http://www.quino.com.ar/index.php?lang=pt" style="font-size: 13px;">Quino</a> </td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Há aproximadamente um mês, um amigo postou um comentário em um site que me chamou a atenção por sua interessante contradição: ele dizia que o ano de <b>2010 </b>foi, de certa maneira, <i>o melhor e o pior ano de sua vida.</i> À primeira vista, a afirmação parece não fazer sentido. Pensei sobre ela muito pouco e, durante algum tempo, deixei-a de lado.</div>
<div class="WordSection1">
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br />
No entanto, após completar <b>dezessete anos</b> (exatamente no dia 17 deste mês de Dezembro) e com a chegada inevitável dos últimos dias que compõem o ano que representa o final da primeira década do século XXI, surpreendi-me refletindo profundamente sobre esse ano marcado por acontecimentos e circunstâncias que foram os principais responsáveis pelo crescimento e amadurecimento que moldaram a pessoa que hoje sou e que tanto contrasta com a pessoa que, há doze meses, aguardava ansiosa o futuro que o próximo ano prometia, fazendo inúmeras especulações.</div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Certamente, a Sofia de doze meses atrás jamais poderia acertar em suas conjecturas o quão importante seria o ano de 2010, uma vez que os acontecimentos que poderia imaginar naquela época jamais se igualariam ao que realmente aconteceu no esperado ano. Foram esses acontecimentos – tanto da esfera pública quanto das questões particulares – que possibilitaram que, a partir do acúmulo de informações, aprendizados e experiências, essa Sofia subisse pelo menos mais um degrau na escada que representa o <u>caminho da <i>vida</i> e do <i>conhecimento</i></u>. Com isso, aquela Sofia tornou-se o <b>“Eu”</b> de hoje, alguém que, apesar de entender apenas um pouquinho de um todo, tenta agarrar o máximo de informações possíveis para engolir esse todo – mesmo que abarcar tal todo não seja humanamente possível. </div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Deixando as metáforas de lado por um momento, o fato é que esse ano proporcionou grandes <b>mudanças</b>, não só em minha pessoa, mas na minha visão da <i>realidade</i> e do <i>universo</i> que me cerca – em todos os campos de conhecimento e vivência.</div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYSDXjhRZoDzz8_Wu-SDyeWhC9E6WXZDRjYtYUo5DJbAfet9Q6UHgF8K7I5b7TGTxYWJis_AcnErcD5x4LNL4pQsyIFhZFEF8bPlXqGZNWoyCRwK6y5aM2AsREgxtS8ZWFHZRp-ftXtmmB/s1600/julia_tercetos2_450.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYSDXjhRZoDzz8_Wu-SDyeWhC9E6WXZDRjYtYUo5DJbAfet9Q6UHgF8K7I5b7TGTxYWJis_AcnErcD5x4LNL4pQsyIFhZFEF8bPlXqGZNWoyCRwK6y5aM2AsREgxtS8ZWFHZRp-ftXtmmB/s320/julia_tercetos2_450.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto de Júlia Salustiano, da série <a href="http://www.fotoclubef508.com/post.php?id=375">Tercetos</a> - em exposição em Brasília</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
No campo pessoal, por exemplo, 2010 representou um ano de fortalecimento de minha família. Observei minha irmã mergulhar profundamente na <a href="http://www.fotoclubef508.com/">arte da fotografia</a> (foto acima), realizando diversos projetos e ensaios fotográficos, enquanto meu irmão, artista plástico, além de ampliar seu conhecimento na arte em si, engajara-se no movimento estudantil na universidade. Meus pais, por sua vez, ensinaram-me sabiamente durante mais um ano a caminhar por essa estrada imprevisível que é a <i>vida</i>. Tive a alegria, ainda, de ouvir minha mãe tocar seu piano para nós com seus dedos ágeis de pianista e de ver o surgimento de um grande livro, cheio de <i><b>Metamorfoses</b></i>, com poemas de meu pai e desenhos de minha tia. Sem dúvida, 2010 foi um ano de <i>criação artística</i> ininterrupta em nossa casa e em nossa família, com muitas festas, alegrias e casamentos que trouxeram novas pessoas – sempre com muita alegria – às nossas vidas. Encerramos o ano, ainda, com uma valiosa companhia que veio nos visitar, minha grande inspiração para escrever, dono de um espírito nordestino que encanta.</div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Mas, como todos sabemos, <b>nem tudo são flores</b>. O brotar de novas amizades e o amadurecimento de antigas (algumas que inclusive já duram doze anos) caminhou lado a lado com o enfraquecimento de outras, uma vez que as decepções sempre se fazem presentes – são buracos que ameaçam nos tragar eternamente para dentro de si, mas dos quais devemos lutar para nos libertar. Dessas situações, guardo apenas a angústia de não ter me manifestado em momentos que tais manifestações eram imprescindíveis.</div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Quanto à <i>música</i> e à <i>poesia</i>, 2010 foi um ano de <u>descobertas</u> maravilhosas, descobertas que trouxeram ao meu conhecimento versos como:<br />
<div style="float: left; width: 45%;">
<br />
“De repente do riso fez-se o pranto,<br />
silencioso e branco como a bruma<br />
E das bocas unidas fez-se a espuma<br />
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.<br />
<br />
De repente da calma fez-se o vento,<br />
Que dos olhos desfez a última chama,<br />
E da paixão fez-se o pressentimento,<br />
E do momento imóvel fez-se o drama.</div>
<div style="float: right; width: 45%;">
<br />
De repente, não mais que de repente,<br />
Fez-se de triste o que se fez amante<br />
E de sozinho o que se fez contente.<br />
<br />
Fez-se do amigo próximo, o distante,<br />
Fez-se da vida uma aventura errante,<br />
De repente, não mais que de repente.”</div>
<div style="clear: both;">
</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<b><i>Soneto de Separação, de Vinícius de Moraes </i></b></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"> <br />
</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYFwpssml2NZqmxt54zt4eu4LMUL3jENRwIIhc0QptvQjrw9IwpXkkq8fC_pmf2P7NVzFP3_bzDbLeue63uPAmjD7vxugjhujn5ROnE8vk1jw6ve3Oj1n0HTNRxH07NCDP4WmQVhFmRii_/s1600-r/chico-buarque.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYFwpssml2NZqmxt54zt4eu4LMUL3jENRwIIhc0QptvQjrw9IwpXkkq8fC_pmf2P7NVzFP3_bzDbLeue63uPAmjD7vxugjhujn5ROnE8vk1jw6ve3Oj1n0HTNRxH07NCDP4WmQVhFmRii_/s200-r/chico-buarque.jpg" width="147" /></a></div>
Dessa maneira, fui lendo e ouvindo outros tantos versos e melodias que nos mergulham numa efusão de sentimentos só assim expressados, belezas que desconhecia. Fui ao show de Gilberto Gil aqui em Brasília no início do ano, quem há muito já admirava, ouvi as músicas de Caetano e de Carlos Lyra, bebi das belíssimas palavras do grande Vinícius de Moraes e mergulhei profundamente nas canções riquíssimas de Chico Buarque, canções que só fui conhecer verdadeiramente nesse ano especial. Inevitável não apaixonar-se por essa música tão brasileira e, ao mesmo tempo, tão<b> universal</b>.</div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.joan-baez.com/joan.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="http://www.joan-baez.com/joan.jpg" width="193" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Joan Baez, retirado do site <a href="http://www.joanbaez.com/">joanbaez.com/</a></td></tr>
</tbody></table>
Mas também não deixei de aprofundar-me na música internacional, sempre ouvindo incessantemente a grande cantora de minha alma, Joan Baez. Esse ano não teria sido o mesmo se deixasse de lado essa voz que sempre me encanta e outras essenciais como as vozes de Tony Bennett e Ella Fitzgerald. Também não abandonei os Beatles, é claro, pois essa banda, eternamente na mente do mundo, foi um dos responsáveis por acender esse amor que tenho pela música, que já não me deixa mais. Em 2010, toquei muito meu violão com o auxílio do melhor dos professores, um professor completo que me ensina, acima de tudo, sobre a importância de se levar a vida com paixão pelo que fazemos.</div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Na <i>literatura</i>, fiz também grandes descobertas, sendo a maior delas <i>Machado de Assis. </i>Após a minha leitura de <b>Dom Casmurro</b>, tive plena certeza de que a literatura é uma das mais completas (se não a mais completa) formas de arte criada pelo homem. Machado, dono de um profundo conhecimento sobre o psicológico e as relações humanas, desdobra sua história com maestria. Ainda devo ler inúmeras vezes Dom Casmurro e outras obras do autor até entendê-las completamente (até esse ano, conhecia apenas o conto O Alienista), mas o farei com profundo prazer.</div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
</div>
No entanto, apesar de todas essas descobertas e experiências extremamente valiosas, quando penso em 2010, percebo que a maior transformação que tal ano trouxe em minha pessoa foi a construção de um pensamento crítico e a certeza de que a política é característica intrínseca do ser humano – aqueles que tentam negá-la estão negando o que os torna <i>humanos</i>. Afastando-me dos factóides e dos preconceitos difundidos por certa mídia (inevitavelmente parcial, embora grite aos quatro ventos defendendo sua imparcialidade – estava na cara do povo <u><a href="http://www.youtube.com/watch?v=VSQD2sRNBUc&feature=fvw">e o povo viu</a>)</u>, lancei-me na busca incessante por informações dotadas de verdade e fundamentação. Com isso, conheci grandes sites, blogs e revistas comprometidos com a difusão da informação (<b>obs: </b>ao lado, você pode encontrar algumas recomendações de sites e blogs na seção "Visito"). 2010 foi um ano em que, devido ao espírito eleitoral, medos, preconceitos e mentiras achavam meios fáceis de propagarem-se.<br />
Fui construindo aos poucos um pensamento crítico e consciente, pois fui atrás da informação em diversas fontes. Com isso, tive certeza de que <b>havia chegado a hora da mulher.</b> Mas não qualquer mulher e sim aquela mulher em especial. Mulher que, vivendo os terrores da ditadura, poderia ter escolhido os confortos que a posição confortável de classe média lhe oferecia, mas decidiu ir à luta em defesa dos direitos que lhe eram negados. E, assim, tal mulher guardou não apenas as qualidades que toda mulher tem em si, mas também as qualidades que adquiriu em sua experiência, sendo uma pessoa que arriscou sua vida por um sonho em que a <b>democracia</b> prevaleceria. E assim, declaro com o maior orgulho e prazer que, apesar de não ter tido a oportunidade (pois a idade impedia) de votar no metalúrgico que, carregado nos braços do povo, chegou ao poder e construiu um governo de oito anos em que 28 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza e 36 milhões de pessoas entraram para a classe média, que zerou a dívida com o FMI, que deixa o Brasil com 300 bilhões de dólares em reservas internacionais e o <a href="http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2010/12/ibge-registra-menor-taxa-de-desemprego-no-brasil-desde-2002.html">menor índice de desemprego que o país já teve</a>,<b> </b>que termina o mandato com <a href="http://noticias.uol.com.br/politica/2010/12/16/aprovacao-a-governo-lula-e-de-80-e-bate-novo-recorde-diz-cniibope.jhtm">80% de aprovação da população</a> e que, acima de tudo, contribuiu para a construção do <b>orgulho de ser brasileiro</b>, dentre inúmeras outras conquistas que não posso citar devido às restrições de espaço, tive a oportunidade, votei e o povo brasileiro elegeu Dilma Rousseff. Dessa maneira, em 2010, elegemos a <b>Primeira Mulher Presidente do Brasil</b> (ou nossa Primeira President<b>a</b>).<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2010/09/09/dilma620.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="http://s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2010/09/09/dilma620.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Dilma Rousseff e neto</td></tr>
</tbody></table>
Acompanhei a batalha nas eleições e vi inúmeras vezes <u>preconceitos </u>serem utilizados como fundamentação para argumento. Outras vezes, ouvi argumentos bem fundamentados e preparei-me com o máximo de informações que pude para discussões. Certamente minha maior conquista esse ano foi a descoberta de fontes que, comprometidas com a verdade e com a democracia, proporcionaram as informações que eu precisava para a minha escolha. Com isso, 2010 foi responsável pelo amadurecimento de meu conhecimento crítico (que ainda tem muito a amadurecer) e pela felicidade de ter buscado ao máximo informações para fundamentar e formar minhas escolhas. Enfim, nesse ano, tive a oportunidade de exercer meu dever como cidadã de forma consciente. Tive orgulho de, não tendo obrigatoriedade do voto, por ter apenas dezesseis anos na época, decidir por <i>manifestar minha opinião </i>indo às urnas.</div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Tenho plena certeza de que ainda há muito pelo mundo para ser desvendado por meus olhos curiosos. Mas 2010, inevitavelmente, me transformou como nenhum outro ano. Também vemos essa mudança no Brasil, país que alcançou o patamar de <a href="http://noticias.terra.com.br/interna/0,,OI4630978-EI8177,00.html">8ª economia do mundo</a> e que venceu grandes batalhas, com um povo cada vez mais cheio de si, cada vez mais certo da<b> força do Brasil.</b><br />
A Copa do Mundo que não trouxe grandes emoções para o povo brasileiro, as eleições que elegeram a Primeira Mulher Presidente do Brasil, as decepções pessoais, as alegrias que valiosas amizades me proporcionaram, os vazamentos do Wikileaks, o fortalecimento de uma família maravilhosa, o caso feminazi na blogosfera, a participação em um musical, o episódio da bolinha de papel, a descoberta reveladora de cientistas da NASA, as descobertas na música e na literatura, a vivência do 2º ano do Ensino Médio – todas essas situações, pessoais ou não, se misturam em minhas lembranças desse ano maravilhoso <u>que caminha para seu fim</u>.<br />
Não posso dizer que este ano foi o melhor e o pior ano de minha vida, como meu amigo o fez, pois há outros anos que competem nessa classificação, mas certamente essa frase representa a visão que tenho de 2010: um ano repleto de <i>contradições</i> – tristezas e alegrias, decepções e grandes descobertas. No entanto, são contradições que nos fortalecem. 2010 definitivamente foi um excelente ano. Tive sorte de vivê-lo.</div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW3DChBrw2IUZ32UEHnsEAPDLW_SG9Uj7mOKA3H8nNvfEgdkvPaypAFZX4ia7YA55GJNPCpKFeWklTaQOZnZ2FDPIbDGiD_GTijNjyVjylWJ1B8H48cguS9Vn5PcUhxpsBf4XL-dDVMIHR/s1600/mafalda.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW3DChBrw2IUZ32UEHnsEAPDLW_SG9Uj7mOKA3H8nNvfEgdkvPaypAFZX4ia7YA55GJNPCpKFeWklTaQOZnZ2FDPIbDGiD_GTijNjyVjylWJ1B8H48cguS9Vn5PcUhxpsBf4XL-dDVMIHR/s200/mafalda.jpg" width="178" /></a><b><i>E que venha 2011! </i></b><br />
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<div style="text-align: center;">
<b><i><span style="font-size: large;">Feliz Ano Novo!</span></i></b></div>
</div>
<div style="color: #e69138; text-align: justify;">
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<span style="font-size: large;"><b><span style="color: #f6b26b;">Textos e links interessantes das últimas semanas:</span> </b></span><b><span style="font-size: large;"> </span></b><br />
<br />
<b style="color: black;"><span style="font-size: large;">.</span></b> <a href="http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=621IMQ021">Um ano muito revelador</a><span style="color: black;"><span style="font-size: small;">, por Luciano Martins Costa no Observatório da Imprensa.</span></span><b><span style="font-size: large;"><span style="color: black;"> </span></span></b><br />
<b><span style="font-size: large;"><span style="color: black;">.</span> </span></b><span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><span style="font-size: small;"><a href="http://www.revistaforum.com.br/noticias/2010/12/20/carta_a_presidenta/">Carta à Presidenta</a>, na Revista Fórum</span></span><b><span style="color: black; font-size: small;">, </span></b><span style="color: black; font-size: small;">por Idelber Avelar (também no <a href="http://www.idelberavelar.com/">O Biscoito Fino e a Massa</a>); </span></span></div>
<div style="color: black; text-align: right;">
<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: large;">. </span></b><span style="font-size: large;"><span style="font-size: small;"><a href="http://www.huffingtonpost.com/arianna-huffington/it-might-be-time-to-rebra_b_800515.html">It Might Be Time to Rebrand It the South American Dream </a></span></span><span style="font-size: large;">,</span><b><span style="font-size: large;"> </span></b><span style="font-size: large;"><span style="color: black; font-size: small;">por Arianna Huffington no The Huffington Post (em inglês); </span></span><br />
<b><span style="font-size: large;">.</span></b><span style="font-size: small;"> <a href="http://gavetadoivo.wordpress.com/2010/11/25/um-poema-de-ivo-barroso-a-danca-das-horas/">Um poema de Ivo Barroso - A dança das horas</a></span><b><span style="font-size: large;"></span></b><span style="font-size: large;">,</span><b><span style="font-size: large;"> </span></b><span style="color: black;"><span style="font-size: small;">no blog do autor <a href="http://gavetadoivo.wordpress.com/">Gaveta do Ivo</a></span></span><a href="http://gavetadoivo.wordpress.com/"><span style="font-size: large;"></span><span style="color: black;"><span style="font-size: small;">;</span></span></a><br />
<b><span style="font-size: large;">.</span></b> <a href="http://english.aljazeera.net/programmes/frostovertheworld/2010/12/201012228384924314.html">Sir David Frost entrevista Julian Assange</a><span style="color: black;"><span style="font-size: small;">, em inglês.</span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-size: small;"></span></span><b><span style="font-size: large;">.</span></b><span style="font-size: small;"> <a href="http://www.youtube.com/watch?v=6X7YNcOM3Rw">Despedida do Presidente Lula</a></span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=6X7YNcOM3Rw"><span style="color: black;"><span style="font-size: small;">, último pronunciamento do Presidente (23/12)</span></span></a><br />
<span style="color: black;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></span></div>
</div>
</div>
</div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-32401373767432849092010-12-24T17:14:00.004-02:002010-12-24T17:24:45.336-02:00Então é Natal...<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://myonlinelanguage.files.wordpress.com/2010/12/snoopy-christmas1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://myonlinelanguage.files.wordpress.com/2010/12/snoopy-christmas1.jpg" width="138" /></a></div><br />
Para não deixar essa data especial passar em branco aqui no <b>Violeta</b>, aproveito para dar uma rápida passadinha por aqui e desejar a todos um<u> Feliz Natal e Boas Festas! </u>Deixo ainda abaixo um vídeo com a música <b>Happy Xmas (War is Over)</b>, mensagem deixada por John Lennon há mais de 30 anos. Aproveitemos a alegria dessa data e celebremos as conquistas do ano (pois lutamos muito, com certeza), mas não deixemos de refletir sobre nossas ações e os problemas que muitos ainda enfrentam no mundo. <br />
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<center><iframe frameborder="0" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/LJkjz0ryBbs?fs=1" width="425"></iframe></center><br />
<br />
<div style="text-align: right;"><b>Feliz Natal e Boas Festas!</b></div><div style="text-align: right;"> Sofia Botelho</div><div style="text-align: right;"><br />
</div><b>Observação: </b>Nos últimos dias, estive trabalhando em um post em que trarei uma retrospectiva do ano de 2010 sob o meu olhar. Ainda estou fazendo correções, mas espero publicá-lo no dia 27.</div><u> </u>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-48267098931314309522010-11-09T21:41:00.008-02:002010-11-10T22:48:30.291-02:00Homenagem aos 80 anos de Tony Bennett<div style="text-align: justify;"> Em 2006, foi lançado um especial para TV em comemoração aos 80 anos do cantor norte-americano <b>Tony Bennett</b>, considerado por <b>Frank Sinatra</b> um dos maiores cantores do século XX. De fato, como apresentado no especial, Sinatra disse à <i>Life</i> Magazine em 1965: <i>"But for my money Tony Bennett is the best singer in the business. [He] gets across what the composer had in mind, and probably a little more” (</i>trad. livre: "Mas, por meu dinheiro, Tony Bennett é o melhor cantor do negócio. Ele consegue transmitir/expressar o que o compositor tinha em mente e provavelmente um pouco mais"). <br />
<br />
<a href="http://i.s8.com.br/images/dvds/cover/img6/1793186_4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://i.s8.com.br/images/dvds/cover/img6/1793186_4.jpg" width="280" /></a> No entanto, Tony Bennett não é apenas um dos cantores mais queridos do século XX. Dentre os inúmeros prêmios recebidos durante sua carreira musical, Tony foi escolhido pelas Nações Unidas para receber o prêmio de <b>Cidadão do Mundo</b>.<br />
O especial, chamado <b>Tony Bennett: An American Classic, </b>idealizado e dirigido por Rob Marshall (diretor do famoso musical Chicago), conta com apresentações do cantor acompanhado de convidados especiais conhecidos no cenário musical, como Elton John, Michael Bublé, John Legend, k.d. lang, Diana Krall, Stevie Wonder, Barbra Streisand e Chris Botti. <br />
<br />
<br />
Recheado de números musicais e muita dança, o especial também apresenta uma breve biografia de Tony Bennett, narrada por Robert DeNiro, Bruce Willis, Billy Crystal e Catherine Zeta-Jones.<br />
<br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.posters.ws/images/334728/tony_bennett.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="http://www.posters.ws/images/334728/tony_bennett.jpg" width="158" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem do site: http://www.posters.ws/11599/</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;"> Tive a grande oportunidade de ir a um show desse cantor admirável ano passado, quando Tony Bennett realizou uma turnê pelo Brasil, passando pelo Rio de Janeiro, Brasília, Recife, São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte. Foi um momento emocionante. Sua voz é ainda mais acolhedora e suave ao vivo. Tive ainda a sorte de, ao final do show, ouvi-lo cantar <i>Smile</i>, de Charles Chaplin, uma de minhas músicas favoritas. Experiência única. <i>Tony Bennett canta com a alma. </i>Recomendo o DVD do especial.</div><div style="text-align: justify;"><br />
<i></i> <br />
<div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><br />
<object height="344" style="background-image: url("http://i1.ytimg.com/vi/LMStRERJNsM/hqdefault.jpg");" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/LMStRERJNsM?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/LMStRERJNsM?fs=1&hl=pt_BR" allowscriptaccess="never" allowfullscreen="true" wmode="transparent" type="application/x-shockwave-flash" width="425" height="344"></embed></object></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><i>Trecho do especial: Tony Bennett e Stevie Wonder cantam For Once in my life.</i></div><br />
</div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-72558446145751960382010-10-30T19:52:00.000-02:002010-10-30T19:52:29.192-02:00Nas rodas do tempo...<div style="text-align: center;"><object height="344" style="background-image: url("http://i1.ytimg.com/vi/HRFw5u5wR4c/hqdefault.jpg");" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/HRFw5u5wR4c?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/HRFw5u5wR4c?fs=1&hl=pt_BR" allowscriptaccess="never" allowfullscreen="true" wmode="transparent" type="application/x-shockwave-flash" width="425" height="344"></embed></object></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
<br />
Novamente vagando pelo Youtube, encontrei esse vídeo fantástico da apresentação de Chico Buarque<b> </b>com o grupo MPB4, interpretando a sua composição <a href="http://www.chicobuarque.com.br/construcao/mestre.asp?pg=rodaviva_67.htm">Roda-Viva</a> no <u>Festival de 1967</u> (<b>III Festival de Música Popular Brasileira</b>), festival que revolucionou a música brasileira. Ao assistir o vídeo, nos surpreendemos em saber que Chico não ganhou o primeiro lugar no Festival. Mas <i>Roda-Viva</i> concorreu com outras grandes composições de artistas renomados, como<i> Alegria, Alegria, </i>de Caetano Veloso (4º lugar), <i>Domingo no Parque</i>, de Gilberto Gil (2º lugar) e <i>Ponteio</i>, de Edu Lobo e Capinam (1º lugar).<i> Roda-Viva</i> ficou em 3º lugar no Festival.<br />
<div style="text-align: center;"><span style="font-size: large;"><b>Roda-Viva</b></span></div><span style="font-family: Arial;"> </span><br />
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial; font-size: small;">Tem dias que a gente se sente<br />
Como quem partiu ou morreu<br />
A gente estancou de repente<br />
Ou foi o mundo então que cresceu<br />
A gente quer ter voz ativa<br />
No nosso destino mandar<br />
Mas eis que chega a roda-viva<br />
E carrega o destino pra lá<br />
Roda mundo, roda-gigante<br />
Rodamoinho, roda pião<br />
O tempo rodou num instante<br />
Nas voltas do meu coração<br />
<br />
A gente vai contra a corrente<br />
Até não poder resistir<br />
Na volta do barco é que sente<br />
O quanto deixou de cumprir<br />
Faz tempo que a gente cultiva<br />
A mais linda roseira que há<br />
Mas eis que chega a roda-viva<br />
E carrega a roseira pra lá<br />
Roda mundo (etc.)<br />
<br />
A roda da saia, a mulata<br />
Não quer mais rodar, não senhor<br />
Não posso fazer serenata<br />
A roda de samba acabou<br />
A gente toma a iniciativa<br />
Viola na rua, a cantar<br />
Mas eis que chega a roda-viva<br />
E carrega a viola pra lá<br />
Roda mundo (etc.)<br />
<br />
O samba, a viola, a roseira<br />
Um dia a fogueira queimou<br />
Foi tudo ilusão passageira<br />
Que a brisa primeira levou<br />
No peito a saudade cativa<br />
Faz força pro tempo parar<br />
Mas eis que chega a roda-viva<br />
E carrega a saudade pra lá<br />
Roda mundo (etc.) </span><br />
<br />
<div style="text-align: left;"><span style="font-family: Arial;">Chico Buarque/1967</span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-family: Arial;"> Para a peça <i>Roda-viva</i> de Chico Buarque</span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-family: Arial; font-size: small;"><i>Letra retirada do <a href="http://www.chicobuarque.com.br/">site oficial do Chico Buarque</a></i></span></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"> Posto aqui ainda outro vídeo muito interessante: anos após a apresentação no Festival, o grupo <b>MPB4</b> interpreta novamente a música em seu show, com participação especial de Chico gravada. Excelente! </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div></div><div style="text-align: center;"><object height="344" style="background-image: url("http://i1.ytimg.com/vi/HvK2LYDYLj8/hqdefault.jpg");" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/HvK2LYDYLj8?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/HvK2LYDYLj8?fs=1&hl=pt_BR" allowscriptaccess="never" allowfullscreen="true" wmode="transparent" type="application/x-shockwave-flash" width="425" height="344"></embed></object></div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-46678077486946495392010-10-22T22:17:00.005-02:002010-10-22T22:24:13.508-02:00Um pouco de Virginia Woolf<div class="separator" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="192" src="http://static.guim.co.uk/sys-images/Books/Pix/pictures/2009/01/16/woolf460.gif" width="320" /></div><div style="text-align: justify;"> Hoje, Ivo Barroso publicou <a href="http://gavetadoivo.wordpress.com/">em sua gaveta</a> a apresentação que escreveu para o livro <b>Cenas Londrinas, </b>de Virginia Woolf,<b> </b>traduzido por Myriam Campelo e lançado no Brasil pela <a href="http://www.record.com.br/grupoeditorial_editora.asp?id_editora=3">Editora José Olympio</a>. Na apresentação, Ivo fala sobre as experiências de Virginia em Londres, a influência da cidade em seus textos e os seis relatos presentes no livro. Além disso, também apresenta uma breve introdução à vida da autora. </div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"> Como Ivo nos mostra, Virginia nutria uma forte paixão pela cidade. Em carta a sua amiga Ethel Smyth, a autora escreveu:</div><br />
</div><div style="text-align: center;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" height="200" src="http://www.livrariaresposta.com.br/fotos/jo_cenaslondrinas.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="126" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cenas Londrinas, de Virginia Woolf</td></tr>
</tbody></table><br />
<br />
<br />
<i>"[...]Você nunca compartilhou de minha paixão por essa grande cidade. No entanto, ela é tudo quanto, em algum nicho estranho de minha mente sonhadora, representa Chaucer, Shakespeare, Dickens. Eis o meu único patriotismo</i>.”</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><b>Leia a apresentação de Ivo Barroso em seu site Gaveta do Ivo</b>:</div></div><div style="text-align: center;"><b><span style="font-size: large;"><a href="http://gavetadoivo.wordpress.com/2010/10/22/a-londres-de-virginia/">A Londres de Virginia</a> </span></b></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
<b><span style="font-size: x-large;">Mais sobre Virginia</span></b></div><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: x-large;">.</span></b><span style="font-size: x-small;"> <span style="font-size: small;">Confira também a resenha de Ivo Barroso do livro<b> </b></span></span><b>“V. Woolf – contos completos”</b><span style="font-size: x-small;"><b>:</b> <span style="font-size: small;"><a href="http://gavetadoivo.wordpress.com/2010/10/21/sem-medo-de-virginia-woolf/">Sem medo de Virginia Woolf</a></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.livrariaresposta.com.br/fotos/jo_cenaslondrinas.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a></div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-15016584345376792962010-10-16T21:45:00.004-03:002010-10-21T22:43:20.236-02:00Liberdade musical com ukuleles<div style="text-align: justify;"> Vagando pelo <a href="http://youtube.com/">Youtube</a>, encontrei um vídeo que me levou à descoberta de uma orquestra um tanto diferente e muito original : <b>The Ukulele Orchestra of Great Britain</b>. Composta por oito músicos, a orquestra realiza reinterpretações de músicas de variados gêneros através de um único intrumento: o<i> ukulele</i>. Abaixo, o vídeo da orquestra apresentando a música tema do famoso faroeste <i>O Bom, o Mal e o Feio ou Três Homens em Conflito (The Good, the Bad and the Ugly) </i><br />
<br />
<br />
</div><div style="text-align: center;"><object height="295" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/pLgJ7pk0X-s?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/pLgJ7pk0X-s?fs=1&hl=pt_BR" allowscriptaccess="never" allowfullscreen="true" wmode="transparent" type="application/x-shockwave-flash" width="480" height="295"></embed></object></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://kara.allthingsd.com/files/2009/12/ukulele41.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><br />
</a></div><div style="text-align: justify;"> Genericamente conhecido como <i>guitarra havaiana, </i>o <i>ukulele </i>é um instrumento semelhante ao violão, mas menor e composto por quatro cordas, podendo apresentar diversos tamanhos e formatos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" src="http://www.ukuleleorchestra.com/images/pressreviews.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem retirada do site oficial: http://www.ukuleleorchestra.com</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;"> <b>The Ukulele Orchestra of Great Britain </b>utiliza, como apresentado na descrição do grupo em <a href="http://www.ukuleleorchestra.com/">seu site oficial</a>, <i>"<span id="lblPageText">the limitations of the instrument [ukulele] to create a musical freedom" (</span></i><span id="lblPageText">tradução livre: <i>as limitações do instrumento [ukulele] para criar uma liberdade musical</i>). Assim, através de apresentações recheadas de ukuleles, canto e assobios por vezes mesclados com humor, a orquestra consegue cativar o público, criando em suas apresentações um agradável ambiente de entretenimento, música e arte. </span><br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;"> Abaixo, um interessante vídeo de uma apresentação da orquestra, em que diversos fãs levaram seus próprios <i>ukuleles</i> para o evento, tocando junto à orquestra um trecho da Nona Sinfonia de Beethoven.</div><br />
<div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><object height="295" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/8GLBI21X-aM?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/8GLBI21X-aM?fs=1&hl=pt_BR" width="480" height="295" allowScriptAccess="never" allowFullScreen="true" wmode="transparent" type="application/x-shockwave-flash"></embed></object></div><br />
<span style="font-size: large;"><b>Mais sobre a Orquestra</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><b></b></span><b><span style="font-size: x-large;">.<span style="font-size: x-small;"> </span></span></b><span style="font-size: small;">Visite o site oficial da Orquestra: <a href="http://www.ukuleleorchestra.com/">http://www.ukuleleorchestra.com</a></span><b><span style="font-size: x-large;"> </span></b><br />
<b><span style="font-size: x-large;">.</span></b><span style="font-size: small;">Veja mais apresentações do grupo em seu <a href="http://www.youtube.com/user/UkuleleOrchestra">canal do Youtube</a></span><span style="font-size: large;"><b></b></span>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-14415637962138113452010-10-11T19:24:00.009-03:002012-03-08T21:20:03.398-03:00Juventude<div style="text-align: center;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEji1Bfr8IwHYysIpVq0kn_U7kdKRvMcDgVHKXQ5Kr3B06h2X6-rCoqHwIEETI2Qx0hsl5kUqtr-RiTYdwFPv_qN88-ub3lEJeHSGkNpgqf83ys-frPoNLLQ1w8nAqIw9XER8J8UiJRqmlgv/s400/Juventude.gif" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
</td></tr>
</tbody></table><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEji1Bfr8IwHYysIpVq0kn_U7kdKRvMcDgVHKXQ5Kr3B06h2X6-rCoqHwIEETI2Qx0hsl5kUqtr-RiTYdwFPv_qN88-ub3lEJeHSGkNpgqf83ys-frPoNLLQ1w8nAqIw9XER8J8UiJRqmlgv/s1600/Juventude.gif" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;">Apesar de, exteriormente, ser jovem, não pertenço à juventude atual. Em minha essência carrego a <i>juventude dos antigos</i>.</div><div style="text-align: center;"><br />
<div style="text-align: right;">- Desenho e texto de minha autoria<br />
Sofia Botelho</div></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><br />
</div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-84654744416629631902010-10-07T23:13:00.002-03:002010-10-09T16:24:19.333-03:00Mostra de cinema de John Ford em Brasília<div align="justify"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdc0Fglob106Ax6AkTNHRqQQLaleA6wrW6QE4AeMqmjxA4m77AfKt8x12fmo4i91WqqVHcWNkQN-EgX4cTOnq3uWgCJbuqSvQU7XGCPEMfxYblw9B9YCVsVv8ygC1MyhEG1E-f0FWIjxqP/s1600/John-Ford.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdc0Fglob106Ax6AkTNHRqQQLaleA6wrW6QE4AeMqmjxA4m77AfKt8x12fmo4i91WqqVHcWNkQN-EgX4cTOnq3uWgCJbuqSvQU7XGCPEMfxYblw9B9YCVsVv8ygC1MyhEG1E-f0FWIjxqP/s320/John-Ford.jpg" width="255" /></a></div> O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) está promovendo em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro uma mostra de filmes do aclamado diretor norte-americano John Ford. Responsável por consolidar o gênero faroeste no cinema, John Ford é considerado um dos maiores diretores de todos os tempos. <br />
Em Brasília, o evento iniciou-se em 28 de setembro e terminará em 17 de outubro. A mostra apresenta 36 filmes do cineasta, incluindo grandes obras como <i>Rastros de Ódio, As Vinhas da Ira</i> e <i>Como Era Verde o Meu Vale</i>. O evento também inclui a realização de cursos especiais para aqueles que desejarem se aprofundar nas obras do diretor.<br />
<b>Curiosidade: </b>Com três canhotos de sessões diferentes pode-se adquirir um livro-catálogo produzido especialmente para a mostra, contendo artigos e capítulos inéditos no Brasil sobre o diretor e sua obra.<br />
<br />
<span style="font-size: large;"><b>Mais sobre a Mostra</b></span><br />
<b><span style="font-size: x-large;">. </span></b><span style="font-size: x-large;"><span style="font-size: small;">Veja mais informações sobre o evento <a href="http://www.bb.com.br/portalbb/page511,128,10172,1,0,1,1.bb?codigoEvento=3647">no site do Centro Cultural Banco do Brasil</a></span></span><br />
<b><span style="font-size: x-large;">. </span></b><span style="font-size: x-large;"><span style="font-size: small;">Confira a programação da mostra em Brasília <a href="http://www.bb.com.br/portalbb/page512,128,10172,1,0,1,1.bb?codigoMenu=0&codigoNoticia=25914">no site do CCBB</a></span></span><br />
<b><span style="font-size: x-large;"> </span></b><b><span style="font-size: x-large;">. </span></b><span style="font-size: x-large;"><span style="font-size: small;">Visite também o site oficial da <a href="http://www.johnford.com.br/">Mostra John Ford</a> e verifique a programação de outras cidades e mais informações sobre o diretor e a mostra. </span></span><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Fy2-abqR8B4?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/Fy2-abqR8B4?fs=1&hl=pt_BR" allowscriptaccess="never" allowfullscreen="true" wmode="transparent" type="application/x-shockwave-flash" height="344" width="425"></embed></object></div><div style="text-align: center;">Trecho de <b>Rastros de Ódio </b>(The Searchers) </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><br />
</div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-10917248201714273182010-09-10T17:26:00.002-03:002010-12-26T14:26:38.790-02:00Uma Mensagem de Vinícius<div style="text-align: center;"><object height="295" style="background-image: url("http://i2.ytimg.com/vi/I7SGgf5vaNc/hqdefault.jpg");" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/I7SGgf5vaNc?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/I7SGgf5vaNc?fs=1&hl=pt_BR" allowscriptaccess="never" allowfullscreen="true" wmode="transparent" type="application/x-shockwave-flash" width="480" height="295"></embed></object></div><div style="text-align: center;"><br />
<br />
<br />
<i><b>Trecho da Música Canto de Ossanha </b></i><br />
<br />
<i>Amigo sinhô</i></div><div style="text-align: center;"><i>Saravá</i></div><div style="text-align: center;"><i>Xangô me mandou lhe dizer</i></div><div style="text-align: center;"><i>Se é canto de Ossanha, não vá</i></div><div style="text-align: center;"><i>Que muito vai se arrepender</i></div><div style="text-align: center;"><i>Pergunte pro seu Orixá</i></div><div style="text-align: center;"><i>Amor só é bom se doer</i></div><div style="text-align: center;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: center;"><i>Vai, vai, vai, vai amar</i></div><div style="text-align: center;"><i>Vai, vai, vai, vai sofrer</i></div><div style="text-align: center;"><i>Vai, vai, vai, vai chorar</i></div><div style="text-align: center;"><i>Vai, vai, vai, vai dizer</i></div><div style="text-align: center;"><i>Que eu não sou ninguém de ir</i></div><div style="text-align: center;"><i>Em conversa de esquecer</i></div><div style="text-align: center;"><i>A tristeza de um amor que passou</i></div><div style="text-align: center;"><i>Não, eu só vou se for pra ver</i></div><div style="text-align: center;"><i>Uma estrela aparecer</i></div><div style="text-align: center;"><i>Na manhã de um novo amor</i></div><br />
© Tonga Editora Musical LTDA / Direto<br />
<div style="text-align: left;"><i> <b>Vinícius de Moraes </b></i></div><div style="text-align: left;"><i><span id="goog_1622798406"></span><span id="goog_1622798407"></span><b></b></i><a href="http://www.viniciusdemoraes.com.br/">http://www.viniciusdemoraes.com.br/</a></div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-61860509267067081542010-09-07T17:50:00.006-03:002010-10-24T21:41:51.348-02:00Jane Austen e o humor<div align="justify"> No post de hoje, falarei brevemente sobre a escritora inglesa <b>Jane Austen,</b> criadora de obras que, quase duzentos anos após a sua morte, conquistam fãs em todos os países e ganham diversas adaptações para o cinema e televisão.<br />
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<a href="http://villanegativa.files.wordpress.com/2010/07/austen.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://villanegativa.files.wordpress.com/2010/07/austen.jpg" width="231" /></a><br />
Jane Austen nasceu em 16 de dezembro de 1775, em Steventon, Hampshire, um condado da Inglaterra. Através de uma observação rigorosa da limitada sociedade em que vivia, Jane Austen criou personagens profundos e complexos que permanecem vivos até hoje na literatura mundial, sendo considerada uma das maiores escritoras da língua inglesa. Muitos críticos a colocam no mesmo patamar de Shakespeare, por seu riquíssimo retrato da natureza humana em todas as suas complexidades e instâncias. <br />
Utilizando-se da ironia, Jane Austen estabelece uma crítica à sociedade em que vivia de forma cômica e animada. O tradutor e poeta <i>Ivo Barroso</i>, <a href="http://gavetadoivo.wordpress.com/2010/09/01/ainda-jane-austen/">em seu prefácio</a> para uma nova edição do livro <b>Orgulho e Preconceito</b> traduzida por Celina Portocarrero, afirma:<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://gavetadoivo.files.wordpress.com/2010/09/orgulho_e_preconceito.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://gavetadoivo.files.wordpress.com/2010/09/orgulho_e_preconceito.jpg" width="197" /></a></div><i>"Jane Austen não está sozinha na galeria de mulheres escritoras da literatura inglesa de seu tempo: em 1847, Charlotte Brontë publica <i>Jane Eyre</i>, e sua irmã, Emily, <i>O morro dos ventos uivantes</i>; em 1860, George Eliot (pseudônimo de Mary Ann Evans) lança seu “romance novo” (<i>The Mill on the Floss</i>). São todas obras-primas da literatura romântica, sendo que o livro de Eliot inova o gênero com suas preocupações morais e psicológicas. No entanto, nenhuma delas conseguiu ser tão apreciada como Jane Austen, talvez por lhes faltar esse ingrediente que é uma das pedras de toque da literatura inglesa:<b> o humor.</b>"</i><br />
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Em entrevista para a <a href="http://www.revistaplatero.com.br/n10/index.asp">Revista Platero</a>, <b><span style="font-weight: normal;">Raquel Sallaberry Brião, criadora e dona do site <a href="http://janeausten.com.br/">Jane Austen em Português</a>, a maior fonte de Jane Austen no Brasil, diz: <i>"</i></span></b><i>O que a consagrou (Jane Austen) como escritora universal e a mantém tão atual é a sofisticação – com perspicácia, simplicidade e humor – com que escreveu sobre pessoas reais."</i><br />
<br />
Jane Austen escreveu seis obras completas: Orgulho e Preconceito, Razão e Sentimento, Emma, Mansfield Park, Persuasão e A Abadia de Northanger. Faleceu em 1817, aos 41 anos. Desde então, cada uma de suas obras recebeu diversas adaptações para cinema e televisão, principalmente nos últimos 20 anos.<br />
<br />
<span style="font-size: large;"><b>Mais sobre Jane Austen</b></span><br />
<b><span style="font-size: x-large;">.</span></b> Veja o <a href="http://gavetadoivo.wordpress.com/2010/09/01/ainda-jane-austen/">prefácio</a> de Ivo Barroso na íntegra para a nova edição de Orgulho e Preconceito <a href="http://gavetadoivo.wordpress.com/">no seu blog</a> .<br />
<b><span style="font-size: x-large;">.</span></b> Visite os sites <a href="http://janeausten.com.br/">Jane Austen em Português</a> e <a href="http://janeaustenclub.blogspot.com/">Jane Austen Sociedade do Brasil</a>, as maiores fontes sobre a autora no Brasil.<br />
<span style="font-size: x-large;"><b>. </b></span>Veja a <a href="http://janeaustenemportugues.com/leituras/2010/08/entrevista-revista-platero/">Entrevista da Revista Platero</a> com Raquel Sallaberry.<br />
<b><span style="font-size: x-large;">. </span></b>Veja a <a href="http://janeausten.com.br/2010/09/ivo-barroso-entrevista/">Entrevista com Ivo Barroso </a>no site Jane Austen em Português. </div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-11640083095405118742010-09-04T15:51:00.002-03:002010-09-04T16:22:26.413-03:00Gaveta do Ivo: um blog sobre a arte da poesia e tradução<div align="justify"> Recomendo para todos os admiradores de poesia, literatura e tradução o blog <a href="http://gavetadoivo.wordpress.com/">Gaveta do Ivo</a>, criado em julho deste ano pelo tradutor e poeta Ivo Barroso. Em sua "Gaveta", são publicados regularmente riquíssimos textos e artigos sobre grandes autores e poetas como Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, Jane Austen e William Blake, poesias e traduções de sua autoria e recomendações de livros, revistas e traduções.<br />
Para os que não conhecem este importante personagem da literatura brasileira, segue uma breve trecho retirado do <a href="http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_de_janeiro/ivo_barroso.html">site do Antonio Miranda</a> :<br />
<i><br />
</i><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://gavetadoivo.files.wordpress.com/2010/08/ivo41.jpg?w=169&h=172" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://gavetadoivo.files.wordpress.com/2010/08/ivo41.jpg?w=169&h=172" /></a></div><i>"(Ivo Barroso) Nasceu em Ervália, Minas Gerais, em 1929 e transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1945. Cursou o Colégio Vera Cruz, bacharelou-se em Direito pela Faculdade do Catete e em Línguas e Literaturas Neolatinas pela Nacional. Foi um dos fundadores da revista Senhor e do Suplemento Dominical do Jornal do Brasil. Foi assistente do redator-chefe das Enciclopédias Século XX, Delta Larousse e Mirador Internacional. [...]De regresso ao Brasil, após 25 anos de ausência, organizou a edição Poesia e Prosa de Charles Baudelaire para a Nova Aguilar e publicou as obras completas de Arthur Rimbaud pela Topbooks. [...] Foi tradutor de vários livros importantes de poesia e de prosa da literatura mundial.</i><br />
<i> <b>Obras originais:</b> Nau dos náufragos (poesia) Lisboa; Visitações de Alcipe (poesia) Lisboa; O corvo e suas traduções (ensaio)".</i><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://200.215.177.69/imagem/capas1/025/1201025.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://200.215.177.69/imagem/capas1/025/1201025.jpg" /></a></div> Recomendo todas as suas traduções, principalmente as que tive a oportunidade de conhecer: o livro <a href="http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=1372295&sid=01245110812721670347468625&k5=19093CDE&uid=">Razão e Sentimento</a>, tradução da obra da escritora inglesa Jane Austen e também o livro <a href="http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=1201025&sid=01245110812721670347468625&k5=131EAC20&uid=">42 sonetos de Shakespeare</a>, em que Ivo traduz com maestria os sonetos daquele considerado o maior escritor e dramaturgo da língua inglesa de todos os tempos. <br />
<br />
</div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-31457837189506831672010-09-02T23:17:00.009-03:002010-09-04T16:23:20.050-03:00Violeta de cara nova!<div align="justify"> O blog está de cara nova! Resolvi dar vida a este blog novamente, e pretendo atualizá-lo regularmente não só com meus humildes textos, mas com referências a blogs e sites de pessoas que admiro, textos interessantes e livros ou filmes que recomendo. <br />
<br />
Adicionei uma nova página no blog, onde explico a origem do nome Violeta e o objetivo de minhas postagens (basta clicar no menu acima, na ala "sobre"). </div> Um pouquinho do que está lá:<br />
<br />
<b>"- Por que Violeta?</b><br />
O nome Violeta refere-se a uma personagem de um poema escrito pela autora do blog aos 14 anos.<br />
<br />
<div class="post-body entry-content"><link href="file:///C:%5CUsers%5CSFIA%7E1%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_filelist.xml" rel="File-List"></link><link href="file:///C:%5CUsers%5CSFIA%7E1%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_themedata.thmx" rel="themeData"></link><link href="file:///C:%5CUsers%5CSFIA%7E1%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_colorschememapping.xml" rel="colorSchemeMapping"></link><style>
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<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Suas madeixas douradas esvoaçavam por sobre o campo</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Executando uma dança harmoniosa</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Cujo vento liderava em júbilo.</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Brilhavam ao receber os raios incandescentes do sol </i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>E refletiam a luz solitária da lua.</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i><br />
</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Sorria através de seus olhos violeta ao vê-lo se aproximar</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>E, no mesmo instante,</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Corria aos braços paternos que sempre a protegiam</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Como a mais frágil das flores.</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US"><b>Sofia S. Botelho</b> 08/10/2008<o:p></o:p></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US">14 anos."</span></div></div><br />
Aguardem atualizações em breve! Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7290360389067768282.post-45508712933195733342010-07-08T00:06:00.004-03:002010-07-08T00:11:55.445-03:00<div align="justify">O vento atravessava as portas rapidamente, movendo com delicadeza as flores que, em um bonito vaso, decoravam o aposento. Dentro havia apenas silêncio. O farfalhar de folhas era percebido por ela, enquanto o sussurro de seu próprio lápis ao roçar no papel a alegrava: há muito tempo não escrevia.</div>Sofia Botelhohttp://www.blogger.com/profile/03860687166748832047noreply@blogger.com0